Inaugurado em 2014 pelo líder religioso, que reside em uma mansão de luxo em Alphaville, templo da Igreja Mundial do Poder de Deus, localizado em Santo Amaro, tem capacidade para 20 mil pessoas
A Justiça de São Paulo determinou a penhora do templo da Igreja Mundial do Poder de Deus, instalado em Santo Amaro, zona sul da capital paulista. Inaugurado em 2014, pelo morador de Alphaville e apóstolo, Valdemiro Santiago, o empreendimento desocupado devido a problemas financeiros está avaliado em R$ 260 milhões.
As informações foram divulgadas e detalhes sobre a decisão judicial foram divulgadas pelo jornalista Rogério Gentile, no portal de notícias UOL. Ainda segunda a matéria, o templo tem capacidade para 20 mil pessoas, sendo um dos maiores do País, com 46,9 mil metros quadrados de área construída.
A decisão de hipotecar o imóvel foi tomada pelo juiz Diogo Volpe Gonçalves Soares, por meio de um processo onde a entidade religiosa foi condenada a pagar uma dívida calculada, hoje, em cerca de R$ 881 mil. O débito faz parte de aluguéis não pagos de um templo na cidade de Ubatuba, SP.
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O valor ainda inclui multa, juros e correção monetária. A edificação do litoral paulista foi alugada pela Igreja Mundial em 2009 de uma professora. Contudo, em outubro de 2017, a instituição religiosa interrompeu os pagamentos.
Igreja de Valdemiro Santiago apresenta defesa
Na defesa apresentada à Justiça, a entidade não negou a dívida e declarou que é uma organização religiosa sem fins lucrativos. O grupo, liderado pelo morador de Santana de Parnaíba, se mantém exclusivamente por meio de dízimos e doações.
“Caixa é volátil por natureza, uma vez que os dízimos e contribuições seguem a liberalidade dos fiéis, sendo de natureza voluntária e esporádica.”, explicou o grupo religioso.
A Justiça de São Paulo condenou a Igreja Mundial do Poder de Deus em primeira e em segunda instância. Em virtude disso, a organização não poderá recorrer mais, pois o processo transitou em julgado. No momento, a igreja pode questionar os cálculos da correção da dívida.
A ordem de penhora foi feita para realizar o pagamento de cerca de R$ 70 mil, referente aos honorários do advogado Cesar Augusto Leite e Prates, que representou a professora no processo.
*Com informações do colunista Rogério Gentile, do UOL.
