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Polícia prende 22 suspeitos de envolvimento na produção de “droga rara”

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Droga sintética é conhecida popularmente como “cristal” (Divulgação/Polícia Civil)

Os suspeitos, em sua maioria, foram presos na área central de São Paulo e na Região Metropolitana (Guarulhos e Itapecerica da Serra).

Pelo menos 22 indivíduos foram presos nesta terça-feira (17), pela Polícia Civil de São Paulo, durante a Operação Reisenberg, uma das maiores operações do país contra uma máfia envolvida na produção da droga sintética. O nome faz alusão a um personagem de uma série de TV que criou um império de metanfetamina.

Polícia prende 22 suspeitos de envolvimento na produção de "droga rara"
Entorpecente é considerado raro no Brasil (Divulgação/Polícia Civil)

Cerca de 280 policiais civis saíram para cumprir 60 mandados de prisão e 101 de busca e apreensão em endereços ligados à quadrilha, sendo a maioria na área central de São Paulo e na Região Metropolitana (Guarulhos e Itapecerica da Serra).

Polícia prende 22 suspeitos de envolvimento na produção de "droga rara"
Policiais Civis deflagram Operação Reisenberg (Divulgação/Polícia Civil)

A Operação

O Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) desmantelou uma “máfia” envolvida na produção de metanfetamina, uma droga sintética conhecida popularmente como “cristal”.

Estima-se que o valor do grama do entorpecente, considerado raro no Brasil, é avaliado em R$ 500. Porém, com o avanço dessa rede criminosa, sendo a maioria dos integrantes estrangeiros, e com a inserção de outros tipos de substâncias na droga, o valor diminuiu e passou a alcançar um público maior, o que preocupou as autoridades. 

De acordo com o Denarc, entre os alvos estão 32 chineses, 17 brasileiros, quatro nigerianos, quatro mexicanos, dois portugueses e um colombiano. Até o momento, 22 suspeitos foram presos. Dos presos, pelo menos dois eram procurados pela Justiça. A operação segue em andamento.

Polícia prende 22 suspeitos de envolvimento na produção de "droga rara"
Ao menos 22 suspeitos de envolvimento foram presos (Divulgação/Polícia Civil)

A droga

O delegado Fernando Santiago, responsável pela operação, explicou que, antes, a metanfetamina pura era fornecida por mexicanos, no entanto, eles começaram a disputar com chineses e nigerianos, que também passaram a produzir a droga com inserção de outros tipos de substâncias, possibilitando que o preço diminuísse. “Hoje é possível achar o grama por R$ 150 ou R$ 60”, disse.

A partir disso, houve uma preocupação com a expansão das redes criminosas, foi quando os investigadores encontraram, em junho, um laboratório de metanfetamina. No local, seis pessoas foram presas, além de objetos utilizados para o preparo da droga e celulares.

Foi determinado a quebra do sigilo telefônico dos presos, o que possibilitou a identificação dos demais envolvidos. Com os nomes e endereços dos suspeitos, o Denarc deflagrou a operação de hoje.

Na ação, porções de drogas, armas, dinheiro, documentos e veículos de luxo foram apreendidos. Além disso, em um dos endereços, foram encontradas sete mulheres chinesas, possivelmente vítimas do tráfico de pessoas.

As equipes acionaram um intérprete do Consulado da China, em São Paulo, para facilitar a comunicação com elas.

“O trabalho que realizamos hoje é muito importante, haja vista que é relacionado a uma droga que começa a ser consumida pelo público brasileiro. Antes, ela não tinha mercado aqui, mas foi se popularizando. Com essa ação, nós conseguimos, de fato, desmantelar esses grupos criminosos de diversas nacionalidades, além de frear esse aumento na produção e consumo”, completou Santiago.

Os envolvidos serão autuados pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Além dos policiais do Denarc, a operação teve apoio de agentes do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro).

Imagens: Divulgação/SSP SP

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