De acordo com a entidade, o objeto da atividade foi mostrar que nada impede uma mulher de exercer a maternidade, que para muitas inclui, também, o ato de cozinhar
Na última terça-feira (9), o Senac Osasco realizou um workshop gastronômico e convidou três mães cadeirantes para preparar alguns quitutes. O intuito da atividade, além de homenagear as mães na semana que antecede o dia delas, foi mostrar que nada impede uma mulher de exercer a maternidade, que para muitas inclui, também, o ato de cozinhar. Na data, as três prepararam um lanche da tarde com brusquetas, sorbet e brownie no laboratório de gastronomia da unidade.
Além de mostrarem suas habilidades culinárias, as mães também tiveram a oportunidade de conhecer o Jeito Senac de Educar e contar um pouco sobre o que é ser mãe para elas. Quem ministrou o workshop com as mamães foi a docente da área de gastronomia Fabiola Potzik. Ao final, alunos da área, alguns funcionários do Senac Osasco, entre outros participantes do evento, puderam experimentar as delícias especialmente preparadas.
De acordo com Luiz Bitu, representante de comunicação da unidade, “o Senac Osasco sempre busca realizar ações com intuito de inclusão, e o workshop gastronômico com as mães cadeirantes teve esse objetivo. No laboratório de gastronomia, elas puderam mostrar autonomia e independência na hora de realizar as receitas indicadas pela chef Fabiola Potzik”.

Mães dedicadas e ótimas culinaristas
Uma das mães participantes do workshop foi Nilda Martins de Souza Santana, que é paratleta profissional e dançaria. Ela afirma que nunca deixou de fazer nada por conta da cadeira de rodas. “A cadeira é o meu apoio, ela me conduz para que eu posso executar meus afazeres diários, inclusive com meus filhos. Ela não é um empecilho, ela é minha amiga. Um dia, um dos meus filhos me ligou e falou ‘mãe, vou passar na sua casa para tomar um café com você’ e eu respondi ‘mas não estou em casa, estou em viagem, em Porto Seguro’” disse no evento, muito bem humorada.

Outra participante foi a aposentada Ilza Moreira Pinto do Amaral, que contou no evento que sempre teve dificuldades para andar, pois aos três meses de vida teve meningite. Após anos de tratamento, ela conseguiu passar a usar bengala como apoio, e agora ela usa cadeira de rodas para se locomover. Atualmente, Ilza mora sozinha, e conta com ajuda da filha Aline para realizar os compromissos fora de casa. Porém, dentro de casa, ainda é ela que mima a filha. “Por mais que ela seja adulta e tenha sua própria casa, sempre que consigo, faço agrados para ela. Quando a Aline fica doente, ela pede pra eu fazer comida, pra eu fazer carinho… e eu faço tudo, com muito prazer e amor. Quem é mãe nunca para de cuidar do filho, seja ele criança ou adulto. A gente sempre quer fazer tudo por eles”, declarou.

Zilda Tuaniacci Pivatto, que é aposentada como Ilza e também participou do workshop, contou sobre seu amor para com os filhos. “Eu pedi a Deus para ter filhos porque acreditava que nunca poderia engravidar. Então eu fiz uma promessa: se eu tivesse um filho, iria vestir ele de Santo Antônio e se fosse menina, iria vestir de Nossa Senhora, para acompanhar a procissão. E eu tive, dois! Sou muito grata pela existência deles”, finalizou emocionada.
