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SinHoRes alerta sobre uso de computador em estabelecimentos

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Com análises embasadas é possível tomar decisões mais assertivas e impulsionar o crescimento dos estabelecimentos (Divulgação/Freepik)

Para o SinHoRes, discussão entre cliente e dono de padaria em Barueri, que viralizou nas redes sociais, trouxe à tona a sua utilização em padarias e cafés

Na sexta-feira (2), viralizou nas redes sociais um vídeo que mostra a briga entre um consumidor e o proprietário de uma padaria na cidade de Barueri, caso que foi apurado pela reportagem do GIRO. Representante do setor em Osasco e região, o Sindicato Empresarial de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Osasco – Alphaville e Região (SinHoRes) manifestou-se sobre a ocorrência.

A confusão deu-se por conta da utilização de computador por um cliente no estabelecimento. As mesas possuem um aviso dizendo que é proibido usá-las para reuniões de trabalho. O clima ficou tenso e o dono da padaria acabou fazendo ameaças e correndo, com um pedaço de madeira, atrás do cliente, que gravou todas a discussão (leia mais detalhes no final da matéria).

SinHoRes destaca o bom senso

Em comunicado, Edson Pinto, presidente do SinHoRes, destaca que devido as dificuldades econômicas – agravadas pelas restrições sanitárias impostas pela Covid-19, que resultaram no fechamento de muitos estabelecimentos do segmento – tornou-se comum, no pós-pandemia, a utilização de espaços de bares, de cafés e padarias para reuniões de trabalho. “Até em razão do acesso à Internet gratuita, à energia elétrica para carregamento de baterias de celulares e de laptops, e ao uso dos estacionamentos e dos sanitários”, acrescenta Edson Pinto.

Ainda segundo o presidente da entidade, “o que no início era uma cortesia, vem se transformando num transtorno por força do uso inadequado por parte de alguns clientes, que utilizam os estabelecimentos como “escritórios particulares”, segurando as mesas por tempo excessivo e, muitas vezes, sem consumo equivalente. Tal conduta impede a rotatividade das mesas por demais consumidores que desejam se alimentar.”

O SinHoRes alega que tem notado conflitos entre estabelecimentos e clientes. “Contudo, se não houver bom senso de ambas as partes, não haverá alternativa para a maioria quanto à estabelecer restrições, não disponibilizar Wi-Fi, não permitir carregamento de baterias ou, mesmo, passar a cobrar adicionais ou consumo mínimo pelo uso da estrutura, quando utilizada para fins comerciais. Isso para evitar a pior alternativa, que seria a majoração dos preços do cardápio, a fim de reduzir os prejuízos advindos dessa prática, em prejuízo de todos os consumidores” afirma.

Edson Pinto ressalta ainda que cafés, padarias, bares e restaurantes são empresas privadas de serviço de “alimentação”. “Entendemos que, para reuniões e para a prática de demais ações relacionadas ao trabalho administrativo e criativo existem, de maneira mais apropriada, Coworkings e espaços públicos”, explica ele.

O presidente do SinHoRes diz ser importante que os clientes que pretendem fazer reuniões de trabalho mais longas, ou que ultrapassam o período de consumo in loco, verifiquem antes se o estabelecimento gastronômico é amigável para esse tipo de atividade. “E, em caso de restrições, é salutar respeitar as orientações, que também devem ser sempre disponibilizadas de forma clara, objetiva e ostensiva aos frequentadores, conforme dispõe o Código de Defesa do Consumidor (CDC)”, finaliza Edson Pinto.

SinHoRes alerta sobre uso de computador em estabelecimentos
Cliente de padaria em Barueri gravou confusão com proprietário do comércio (Reprodução/Redes Sociais)

Entenda o caso

Um vídeo que começou a circular na sexta (2) nas redes sociais mostra o responsável pelo Empório Bethaville, Silvio Mazza Fiori, discutindo com um cliente que estava com um computador na mesa do estabelecimento. Nas imagens, Fiori explica que todas as mesas possuem um aviso dizendo que é proibido usá-las para reuniões de trabalho. O cliente mostra que está consumindo. Porém, o responsável pela padaria aumenta o tom de voz e diz que as mesas são apenas para a alimentação e volta a pedir que o notebook seja guardado.

O clima ficou tenso entre Silvio Fiori e o consumidor, que gravou toda a discussão. O cliente rebate as agressões verbais e diz que pode gravar a situação. Em seguida, ele deixa o estabelecimento e o proprietário da padaria vai na sua direção com um pedaço de madeira. Mas, Fiori acaba caindo e batendo a boca no chão. Nesse momento, o proprietário da padaria faz ameaças, inclusive de morte.

A reportagem do Giro entrou em contato com a padaria Bethaville para ouvir o posicionamento do proprietário sobre os vídeos recebidos pelo jornalismo, que totalizam quase 10 minutos. Mas, não obteve retorno.

Confira a matéria completa clicando aqui.

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