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Queimadas: área devastada cresce 166% em São Roque e região

Queimadas também aumentaram em 86% no Estado de São Paulo (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

São Roque, Pirapora do Bom Jesus, Araçariguama e Cajamar estão entre as cidades com mais áreas atingindas por queimadas; confira mais detalhes

16,02 quilômetros. Esta foi a quantidade de áreas queimadas entre os meses de janeiro a agosto deste ano, nas 14 cidades de cobertura do Giro S/A. Os dados foram levantados com exclusividade pela reportagem junto ao Monitor do Fogo, plataforma desenvolvida pelo MapBiomas.

Nestes oito meses de 2024, as localidades registraram 1.602 hectares consumidos pelo fogo. Os valores representam um aumento de 166%, em comparação ao mesmo período do ano passado, onde foram registrados 602 hectares queimados ou 6,2 quilômetros.

Conforme o levantamento, São Roque é o município que possui a área mais devastada por incêndios no intervalo, com 398 hectares e que correspondem a 3,8 quilômetros.

Em seguida, Pirapora do Bom Jesus registrou 294 hectares, Santana de Parnaíba com 189 hectares, Cajamar com 187 hectares queimados;, Araçariguama com 185 hectares destruídos por queimadas e Jundiaí com 171 hectares danificados pelas chamas.

Segundo a MapBiomas, o estado de São Paulo foi um dos destaques do período: 86% (ou 370 mil hectares) da área queimada, entre janeiro e agosto deste ano. O fogo atingiu predominantemente áreas agropecuárias (88,7%), especialmente de cultivo de cana-de-açúcar, com 236 mil hectares queimados.

Queimadas: confira abaixo o número de hectares afetados

CidadesHectares Queimados 2024Hectares Queimados 2023
Araçariguama18544
Barueri3309
Cajamar18751
Carapicuíba00
Cotia3327
Itapevi10620
Jandira00
Jundiaí171167
Osasco00
Pirapora do Bom Jesus294109
Santana de Parnaiba18957
São Roque398106
Taboão da Serra00
Vargem Grande Paulista612
Total1.602 hectares602 hectares

Queimadas: produto promete apagar fogo mais rápido

O Governo de São Paulo iniciou testes com um produto capaz de combater os incêndios e queimadas cinco vezes mais rápido que o uso da água. A substância também possui efeito retardante, ou seja, impede que o incêndio comece novamente em áreas que já estavam controladas.

A Defesa Civil calcula que a substância reduza em até 60% os gastos com aeronaves utilizadas em grandes queimadas, levando em conta o tempo ganho na substituição da água.

“Testes realizados pela Defesa Civil em ambiente controlado mostraram a extinção de um foco de fogo em um minuto e 40 segundos com o produto, enquanto a água conseguiu controlar situação semelhante em 5 minutos. O líquido vermelho já foi testado também em um incêndio real na região de Ribeirão Preto no início de setembro, com resultados satisfatórios”, afirma o Governo do Estado de São Paulo.

O uso do produto ocorrerá dentro de critérios preestabelecidos (Divulgação/Governo do Estado de SP)

O produto de origem nacional é usado como fertilizante na produção agrícola. Segundo dados do fabricante, ele “não causa efeito deletério às plantas, aos microbiomas do solo, de plantas, de águas naturais e de resíduos orgânicos e é atóxico ao manuseio e manejo humano”. Também não foram relatadas reações em animais.

A expectativa é utilizar este produto em situações como as ocorridas nas últimas semanas, quando os incêndios atingiram grandes proporções e colocaram em risco áreas urbanas e reservas florestais.

O uso do produto ocorrerá dentro de critérios preestabelecidos, como incêndios que estejam perto de residências, atinjam áreas muito extensas ou coloque em risco as reservas florestais do estado.

Jornalismo regional de qualidade
Há mais de 16 anos, o GIRO noticia os acontecimentos mais importantes nos seguintes municípios: Araçariguama, Barueri, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba, São Roque e Vargem Grande Paulista. Agora, junta-se a eles, as cidades de Jundiaíe Taboão da Serra.

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