O peso-pesado Maguila teve duas ligações com Osasco: aulas de boxe para adolescentes, além da luta histórica com Johnny Nelson
Na tarde desta quinta-feira (24), morreu o multicampeão de boxe Adilson Maguila, ao 66 anos, em São Paulo. Um dos principais pugilistas da história do esporte brasileiro, na categoria peso-pesado, sofria de encefalopatia traumática crônica, também conhecida como demência pugilística, diagnosticada em 2013. As informações são do Globo Esporte.
Segundo Irani Pinheiro, sua esposa há 40 anos, ele estava há 28 dias internado. “A gente procurou não falar com a imprensa, porque eu procurei cuidar da minha família. É o momento de cada um. O Maguila estava há 18 anos com encefalopatia traumática crônica… Há 30 dias, foi descoberto um nódulo no pulmão, ele sentiu muitas dores no abdômen, tiraram dois litros de água do pulmão, não conseguimos fazer a biópsia”, disse Irani, em entrevista à TV Record.
O ex-lutador tem duas ligações com Osasco. Em 1995, ele venceu Johnny Nelson em uma luta realizada na cidade, conquistando o cinturão da Federação Mundial de Boxe (WBF).
A segunda está ligada à Associação Filantrópica de Jovem e Apoio à Família Adilson Maguila, que, no passado, teve sua sede transferida de Itaquaquecetuba para Osasco. Maguila era o instrutor da Academia de boxe da Prefeitura de Osasco, que atendia cerca de 600 adolescentes de 14 a 20 anos.
Atualmente, existe o Instituto Maguila, entidade instalada no bairro do Butantã, na capital paulista.
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Maguila: 85 lutas
Maguila nasceu no dia 11 de julho de 1958, em Aracaju (SE). Dos 17 anos em que lutou, acumulou um cartel de 85 lutas, 77 vitórias (61 por nocaute), sete derrotas e um empate técnico. O pugilista cativou o público com seu jeito carismático e suas entrevistas folclóricas. Entre as lutas mais especiais da carreira, estão os confrontos com nomes como Evander Holyfield e George Foreman.
O interesse pelo boxe começou ainda sua cidade natal, ao assistir às lutas de Éder Jofre e Muhammad Ali. Em uma casa repleta de irmãos, Maguila assistia às lutas do ídolo em uma TV preto e branco na casa de um vizinho. Anos depois, se tornou campeão peso-pesado, mesma categoria de Ali.
Atleta adquiriu demência pugilística
No ano de 2013, foi diagnosticado com encefalopatia traumática crônica, conhecida como demência pugilística. A doença é neurodegenerativa e irreversível, causada por golpes na cabeça. Outros nomes do esporte foram acometidos pela doença, como o campeão mundial Éder Jofre.
De início, os sintomas pareciam esquecimentos normais de carteiras, chaves. Até que as situações se tornaram mais graves e perigosas, como quando o ex-lutador saía de casa e ficava perdido, desorientado. Uma agressividade inesperada foi surgindo, e sua esposa, Irani Pinheiro, com quem estava há 40 anos, buscou ajuda dos especialistas.
O boxeador já estava morando em uma clínica há mais de sete anos, em Itu, no interior de São Paulo.
Com informações de Globo Espetacular.
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