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​Morador de Cotia de 37 anos é infectado por coronavírus e apesar de ser do grupo de risco, supera a doença

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Leandro Lima durante a internação no Centro de Combate de Referência ao Covid-19 em Cotia (Foto: Arquivo Pessoal)

A mudança climática do final de março foi um sinal de alerta para o engenheiro ambiental Leandro Batista de Lima, 37, morador de Cotia. Acostumado a crises de sinusite, Leandro não achou que seu mal-estar pudesse estar relacionado à pandemia e sim com a mudança climática.Ainda em casa, percebeu a temperatura do corpo aumentar e se medicou com dipirona, porém a febre não cedia. Apesar das fortes dores de cabeça, pressão na face e outros sintomas que já eram familiares, o engenheiro só procurou uma unidade de saúde depois de alguns dias.

No dia 6 de maio Leandro foi até a UPA Cotia onde passou pela triagem e consulta e devido aos sintomas suspeitos foi encaminhado para o Centro de Combate de Referência ao Covid-19 do município.

A internação

No mesmo dia o morador de Cotia foi internado. Leandro que tem asma e é do grupo de risco do covid-19, conta que a doença crônica que o acompanha desde a infância não afetou sua respiração. “Não senti os sintomas comuns descritos por quem tem esse vírus. Eu não tive tosse, nem falta de ar, nem dor de garganta. Mas tive febre nesse período”, destaca.

Nos dias de internação ele observava tudo o que acontecia ao seu redor. Afirmou que foi bem tratado por enfermeiros cuidadosos, profissionais da limpeza sempre presentes e até uma nutricionista cuidou de sua alimentação. “Me sentia tranquilo e bem cuidado. Porém pude observar ao meu redor pessoas em pior estado, sem poder respirar ou com crises de tosses angustiantes. Alguns foram até transferidos para outras alas. Não via a hora de sair dali”, relembra.

Entre os medicamentos oferecidos no tratamento de Leandro constaram: azitromicina, cloroquina, amoxilina e omeprazol. “Também utilizei insulina e corticoides, soro com complexo B, anticoagulante e outros medicamentos que não lembro. Mas tudo que davam era informado com antecedência”, comenta.

De volta para casa

Depois de seis dias de internação, Leandro voltou para casa no Jardim Empireo, onde se manteve isolado e amparado com todos os cuidados protocolares. “Não podia conviver com minha mulher nem meus dois filhos. Minhas refeições eram separadas, tudo que eu usava era lavado isoladamente e desinfetado. Era uma sensação terrível”, lamenta.

O engenheiro relata que o pior momento foi quando além da solidão provocada pelo distanciamento começou a reagir aos medicamentos do tratamento. “Eu não conseguia manter nada no estômago, tive muito frio, uma tosse intensa se iniciou. Tive muito medo de ter que voltar para o Centro do Covid-19 e nunca mais ver minha família. Não desejo essa sensação para ninguém”, desabafa.

Recuperação

Porém, após oito dias, todos os sintomas foram diminuindo e desapareceram. Leandro conta que depois de descartados os riscos de contaminação, sua rotina quase voltou ao normal. “Já voltei a trabalhar e sinto muito a falta de treinar Jiu-Jitsu, e espero voltar muito em breve”, sintetiza Leandro, que é faixa marrom da equipe Gracie Barra Cotia.

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