Criada para comemorar os 500 anos da chegada dos portugueses, a nota antiga continua válida e pode ser usadas no comércio
A nota de R$ 10 feita de plástico completa 25 anos na quinta-feira (24). Emitida pelo Banco Central (BC) no ano 2000 para comemorar os 500 anos da chegada dos portugueses ao Brasil, a cédula é a única da história do real feita com material polímero. As informações são do portal UOL.
E, pasmem, ela virou item de colecionador e pode chegar a valer R$ 5 mil. Por exemplo, no Mercado Livre há ofertas que começam em R$ 150 por notas em bom estado. Já um exemplar do modelo usado pelo BC em testes antes do lançamento comercial pode ser encontrado por cerca de R$ 4,5 mil.
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Nota de R$ 10: substrato da Austrália
No total, foram impressas 250 milhões de unidades entre os anos de 2000 e 2001. A proposta do BC era testar a durabilidade, segurança contra falsificação e a aceitação do novo material entre os brasileiros.
O substrato usado na produção era importado da Austrália, país pioneiro no uso de polímero. A instituição afirma que, apesar de pontos positivos, o material não foi adotado em definitivo por causa de dificuldades no manuseio e na logística em território nacional.
E você sabia que as primeiras notas foram lançadas por meio de fiado? O Banco Central não conseguiu pagar a Casa da Moeda devido a um rombo de R$ 35 milhões no orçamento. A estatal chegou a recorrer a empréstimos bancários para bancar a produção emergencial.
A cédula de R$ 10 ainda vale?
A nota de R$ 10 faz parte da primeira família do real e começou a ser recolhida em julho de 2024. Mas, as cédulas antigas continuam válidas e podem ser usadas no comércio. A substituição é feita de forma gradual, conforme as notas chegam aos bancos em mau estado. Em seguida, são encaminhadas ao Banco Central, que retira de circulação e repõe por cédulas da segunda família do real.
Atualmente, em torno de 3,5 milhões delas estão circulando. Isto representa uma fração das 627 milhões de cédulas de R$ 10 em circulação atualmente. A própria instituição retirou grande parte das cédulas devido ao desgaste físico. Elas prometiam maior resistência. Porém, o plástico apresentou falhas em ambientes úmidos.
Pedro Álvares Cabral é destaque na nota
O projeto gráfico da cédula diferenciada exaltava símbolos do Brasil colonial e contemporâneo. Na frente, a figura do descobridor português Pedro Álvares Cabral, descobridor, o mapa “Terra Brasilis”, inscrições em microletra e a Cruz da Ordem de Cristo nas velas das caravelas.
No verso, um mapa estilizado do País mostrava a diversidade étnica e os três poderes da República.
Com informações do portal UOL.
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