Pelo programa, estudantes de cursos profissionalizantes poderão receber até R$ 1.000; estágio terá início no próximo ano.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sancionou na quarta-feira (11) a lei que cria o programa Bolsa Estágio Ensino Médio (BEEM). O programa, que oferece oportunidade de trabalho para estudantes do Ensino Médio Técnico matriculados nas escolas da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), tem como objetivo valorizar os estudantes e combater a evasão escolar no último ciclo da educação básica.
“Nosso futuro aponta para uma economia baseada no conhecimento e é importante que nossos jovens comecem a conhecer o mercado de trabalho desde cedo para decidirem os melhores caminhos para sua própria trajetória profissional”, afirma Tarcísio. “Esse incentivo é para estimular a permanência em sala de aula e ainda permitir autonomia e experiências mão na massa do que estão estudando”, completa o governador.
Por meio do BEEM, os estudantes poderão receber bolsas mensais de até R$ 1.000, a depender do curso de formação técnica profissional. Alunos a partir de 14 anos de idade e matriculados no Ensino Médio podem ser beneficiados.
Os estudantes das áreas de tecnologia, como o de ciência de dados e desenvolvimento de sistemas, poderão receber bolsas mensais de até R$ 1.000. Para os demais cursos, a expectativa da Educação é um pagamento mensal de até R$ 650. Para todos os estudantes selecionados, a bolsa será paga por quatro horas de jornada de atividades de estágio diárias — 20 horas semanais.
Com a lei sancionada e a política pública de estado oficializada, a equipe técnica da Seduc-SP dará início à abertura de editais para parcerias com instituições e empresas privadas interessadas em receber os estudantes do programa.
O início dos estágios deve ocorrer a partir do início de 2025. Inicialmente, o programa deve beneficiar 5.000 estudantes do ensino técnico. A expectativa é ampliar o número para 30 mil estagiários.
Como funcionará
O BEEM será pago pela Secretaria da Educação por um período de seis meses, assim como o seguro contra acidentes pessoais dos estudantes. As empresas parceiras deverão fornecer auxílio transporte aos estudantes e dispor de profissional que atuará como supervisor do estágio, com formação ou experiência na área de conhecimento do curso técnico da Seduc-SP.
Após um período de estágio de seis meses no programa estadual, as empresas podem optar por efetivar os estudantes concluintes do Ensino Médio.
O programa será dedicado aos estudantes que cursam o ensino técnico em suas próprias unidades escolares, com professores contratados pela Seduc-SP e por parceiros, como o Centro Paula Souza, ou ainda por meio da parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Nesse último caso, o Senai também deve integrar o projeto indicando parcerias com empresas atreladas aos cursos ofertados pelo serviço.
Atualmente, a Educação de SP tem mais de 70 mil estudantes matriculados no Ensino Médio Técnico. Em 2025, o número de estudantes cursando este itinerário pode chegar a 170 mil. O único curso entre os ofertados aos estudantes da rede pública paulista com estágio obrigatório é o de enfermagem. Para esses estudantes, a Seduc-SP pretende pagar uma bolsa por cerca de 10 meses, no segundo ano de ensino técnico e última série do Ensino Médio, para manutenção dos alunos na escola e no curso.
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