A publisher do Jornal Giro, Claudia Azevedo, foi entrevistada na estreia do GiroConecta, no novo programa do canal GiroPlay. Trajetória profissional, desafios e projetos para o futuro foram temas do bate-papo; confira a íntegra.
No dia 26 de novembro, durante a estreia do programa GiroConecta, Cláudia Azevedo, publisher do Jornal Giro, compartilhou sua trajetória de sucesso no ramo da comunicação. Durante a entrevista, a empresária relembrou como idealizou o lançamento do Jornal Giro S/A, que completou 17 anos em novembro, e falou sobre os desafios enfrentados ao longo dessa caminhada.
Reconhecida por sua dedicação e visão inovadora, Cláudia destacou a importância do jornalismo regional para fortalecer a conexão com a sociedade e reafirmou seu compromisso com a informação de qualidade. Confira a íntegra da entrevista.
— Quem é Cláudia Azevedo?
Bom, sou Ana Cláudia Azevedo, mas meu nome profissional é Cláudia Azevedo, mas minha mãe me deu o nome de Ana Cláudia Azevedo. Sou filha do rei Jesus, acima de mim, e na edição impressa, o meu diretor-executivo, J.C. Rocha, é Jesus Cristo, a rocha da minha vida, que tem me conduzido até aqui. Agora, sobre a Cláudia profissional. Faladeira, comunicadora, desde sempre, muito líder, muito brincalhona, bagunceira, expansiva, desde os tempos de escola, de menina. Acho que a gente já nasce com o dom da comunicação. E isso depois só foi se aperfeiçoando, se aprimorando, e aí descobri qual seria o mesmo o meu caminho profissional, que era da comunicação, que era do jornalismo, que era de poder comunicar e fazer informação, e produzir informação com responsabilidade, com seriedade e com todo esse amor.
— Conte um pouco sobre a sua trajetória profissional na comunicação?
Um pouco antes de eu sair da faculdade, já trabalhava na área da comunicação. Trabalhei numa agência de comunicação, na Manager Comunicação, que na época era a principal assessoria em São Paulo, que ficava na Faria Lima. Depois fui para o Datafolha. Também fiz um estágio muito significativo, muito importante, no Notícias Populares, o antigo NP, que também foi uma escola bárbara. Cobria madrugada e foi minha escola. Passei por alguns veículos de comunicação, como a Record e a Folha da Tarde, fazendo variedades. Em 1998, o Francisco Rossi me convidou para fazer a campanha eleitoral para governador do Estado de São Paulo. E eu aceitei. E aí foi outra escola. Já na área de política, por isso, desse gancho nosso no jornal. O Francisco Rossi não ganhou a eleição e voltei para a minha cidade natal, que é Osasco. E, lá, eu trabalhei no Diário da Região, no Correio Paulista, e, depois, vim para Alphaville, e trabalhei na Revista Vero e Folha de Alphaville. Em 2007, lancei o Jornal Giro.
— O que te motivou a fundar há 17 anos o jornal e quais foram os maiores desafios no início?
Na verdade, quando a gente trabalha em um veículo de comunicação, você percebe algumas coisas com as quais você não se identifica. Tanto editorialmente, como na questão da gestão. Então, pensava que a região merecia um algo a mais. E percebi que gostaria de montar um veículo onde os leitores pudessem ter acesso a uma informação mais apartidária, isenta e de responsabilidade. E foi isso.
— Conte para a gente como foi a mudança no nome do jornal de Metrópole S/A para Giro S/A?
O jornal Metrópole S/A lançamos em 2007. Eu e a minha amiga e irmã que esteve nessa bancada, Daniela Junqueira, idealizamos o jornal Metrópole SA, que era um jornal totalmente à frente do seu tempo. Ele veio com muita inovação, com muita ousadia, digamos assim. Então, nós já trouxemos, naquela época, um formato que era o formato em berliner, que, inclusive, Folha de São Paulo e Estadão migraram para esse formato neste ano. E nós trouxemos o berliner, que é o germânico, que era 37 centímetros de altura, e uma impressão totalmente qualificada, uma impressão que passava por um forno, não sujava as mãos. Era uma revista impressa em jornal. Tiragem expressiva, a maior tiragem da região. 30 mil exemplares auditados pela Price na época. Então, era assim, um espetáculo. E ali conseguimos conquistar todo o mercado publicitário, tanto da região como também de São Paulo. Com isso, nós criamos uma divergência com o concorrente da época. E aí, disseram que o nome era similar ao nome de uma revista que era dele. E aí, eu sofri um processo, um processo cível, e precisei trocar o nome do jornal. Mas, é importante um parêntese, pois ganhamos, na segunda instância, o nome Jornal Metrópole S.A.
— Quais foram os maiores desafios nesses 17 anos?
O maior desafio da minha vida profissional foi em 2009. Quando eu me vi sozinha, sem o meu sócio investidor. A Daniela também foi embora para Dubai. E eu fiquei sozinha. Foi quando tive ali uma experiência muito sobrenatural com Deus, que ele disse, agora sou eu e tu, e tu e eu. Não tem mais ninguém ajudando, não. Ou é confia, ou confia. Ou vai para cima, ou vai para cima. Tem que confiar e tem que fazer a tua parte. E foi o que fiz. De um momento que vivi sobrenatural com Deus. E aí eu disse, não. Ele está à frente e eu não vou desistir. Foi isso. Agora, é porque ali eu quase quebrei. O Giro quase quebrou. Ali eu faturava 40% do meu custo. Para você ter noção. 40% do meu custo. Então, não tinha saída. Perdi o nome na gráfica. Outras pessoas me ajudaram Zezé da sucursal. Pastora. Me ajudou muito na época. Faturava. Eu não tenho vergonha de falar. Sabe por quê? Porque é minha história. Entendeu? Minha história de vida. Ela faturava a gráfica. Para eu poder pagar. E a gente chegou até aqui. E eu vou trazer ela aqui na bancada. Para entrevistá-la. A Alessandra falou da pandemia. Mas acho que a pandemia, na verdade, empurrou a gente para buscar novas ferramentas. Talvez algo que aconteceria muito no futuro. Mas que a gente teve que se reinventar. Porque não dava para as pessoas circularem. Teve aquele momento de lockdown. O jornal impresso. Ele parou de circular. Eu nunca me esqueço. Dia 20 de março de 2020. E nós lançamos o Giro Play. No dia 27 de março. Sete dias depois. Então. Ali. Foi uma superação.
— Quais são os planos futuros para o Jornal Giro? Alguma novidade que possa compartilhar?
O meu maior sonho é que o jornal Giro cresça. Hoje, ele tem 17 anos, é um jovem adolescente, e que o ano que vem ele vai para a maioridade. Quero que ele realmente consiga alcançar o patamar de maior veículo de comunicação nessa região e também em São Paulo.
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