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Em três meses, Osasco, Carapicuíba, Barueri, entre outras cidades tiveram queda em casos de estupros

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, a Polícia Civil investiga denúncia de estupro feita por paciente contra cirurgião plástico de São Roque (Francisco Cepeda/Giro S/A)

Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve ligeira redução de 2% no total de registros desse tipo de ocorrência segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP)

Nos três primeiros meses de 2023, as 12 cidades que compõem um consórcio de municípios na região oeste da Grande São Paulo registraram 178 casos de estupro. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve ligeira redução de 2% no número desse tipo de ocorrência, quando foram contabilizadas 182 transgressões.

As informações foram levantadas pela reportagem GIRO com base em estatísticas oficiais disponibilizadas pela Secretária da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

Osasco e Carapicuíba foram as cidades que mais totalizaram casos de estupros, com 17 e 13 delitos, respectivamente. Enquanto Barueri e Santana de Parnaíba registraram nove casos cada uma. São Roque computou sete transgressões e Itapevi anotou seis casos. Cajamar, Jandira e Vargem Grande Paulista tiveram três violações cada.

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Araçariguama e Pirapora do Bom Jesus catalogaram uma infração cada. No estado de São Paulo, contabilizou-se aumento de 15,8% dos casos de estupro entre janeiro a março, passando de 3.066 casos em 2022, para 3.551 neste ano.

O episódio mais recente entre as cidades da região foi registrado em São Roque, em que cirurgião plástico teria abusado de paciente, De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela vítima, o profissional teria passado a mão nas partes íntimas e nos seios de sua paciente, além de ter encostado o pênis em sua mão. No momento do crime, a vítima estava sob efeito de remédios e não soube identificar o delito.

Para a Delegada Jamila Jorge Ferrari, coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher (DDM’s), os dados podem representar um grande avanço no que diz respeito à confiança da vítima no trabalho da Polícia.

“O crime de estupro é um dos mais subnotificados, tese comprovada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e vários outros institutos que estudam o tema. Portanto, o número de estupros pode ser até quatro vezes maior do que o que temos registrado. Porém, a constante divulgação de informações sobre esses crimes, como denunciar, sobre direitos e possibilidades das vítimas aumentam os registros, pois as vítimas entendem e se fortalecem em denunciar”, explica a delegada.

Políticas públicas adotadas

De acordo com o governo estadual paulista, atualmente, há 140 Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs), sendo 11 delas com funcionamento ininterrupto como é o caso de Osasco e Barueri. “Além disto há também 77 salas DDMs 24h anexas aos plantões policiais onde as vítimas são atendidas pela equipe da DDM online por videoconferência. Todas as delegacias do Estado seguem o Protocolo Único de Atendimento, que estabelece um padrão para atender e melhor acolher casos de violência contra mulher”, explicou o governo do estado em nota.

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