“São 14 mil obras paradas. Elas já foram licitadas, já foram licenciadas sob o ponto de vista ambiental e o dinheiro que vai pagar isso também já está todo previsto no meu projeto”, disse Gomes
O candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), esteve em Osasco neste sábado (27), para participar do lançamento da campanha da candidata a deputada federal Mônica Veloso (PDT), no clube do sindicato dos Metalúrgicos. Acompanhado do candidato a governador de São Paulo e ex-prefeito de Santana de Parnaíba, Elvis Cezar (PDT), o Ciro garantiu que, se for eleito presidente, vai dar transparência ao chamado orçamento secreto, destinado a alguns parlamentares.
“Basta que eu determine, como acontecerá no primeiro dia, que as rubricas deste orçamento não serão empenhadas. E todas as rubricas serão determinadas por uma portaria do Ministério da Fazenda da Secretaria do Tesouro Nacional, determinando que todo e qualquer empenho, antes de ser liquidado, terá transparência na internet, através do Portal da Transparência”, explicou.
Ciro Gomes também falou sobre os investimentos em infraestrutura, segundo ele, por meio da reativação das obras paradas pelo Brasil. “São 14 mil obras paradas. Elas já foram licitadas, já foram licenciadas sob o ponto de vista ambiental e o dinheiro que vai pagar isso também já está todo previsto no meu projeto”, garantiu.
Ao falar sobre as mulheres, Ciro lembrou que muitas exercem a mesma função e ganham salários menores do que homens que estão no mesmo cargo. Além disso, apontou que de cada dez mulheres, oito estão endividadas. “Tem mulheres que ganham 76% do que os homens exercendo a mesma função e nós vamos acabar com isso. De cada dez mulheres, oito estão endividadas, isso vai acabar no meu governo com a Lei Antiganância (para limitar o pagamento de juros de uma dívida a não mais que o dobro do valor original)”, explicou.
O candidato também ressaltou que a renegociação das dívidas dos estados faz parte da estratégia de criar um novo ciclo de desenvolvimento. “Hoje a soma das dívidas dos estados e municípios brasileiros, que estão quebrados, é de R$ 600 bilhões. Menos de 10% da dívida pública brasileira, que já passa de R$ 7 trilhões. E isso está levando entre 12 e 15% da receita de cada estado, de cada município para Brasília, nessa prestação impagável, porque o juro de Brasília é sempre o mais criminoso do mundo. A minha proposta prevê reestruturar todo esse passivo, contabilizar ele para o fim do prazo e fazer um programa de parceria com os estados e municípios, de financiamento, para um novo ciclo de desenvolvimento no Brasil”, acrescentou.
Reeleição
O candidato revelou que não pretende disputar a reeleição, caso seja eleito, e prometeu acabar com o artifício que, segundo ele, foi criado por políticos corruptos. “A reeleição é uma das maiores perversidades que a política corrupta do Brasil produziu. Quando um presidente da república entra no Brasil hoje, ele não entra pra fazer algo pelo povo, ele fica só com medo de CPI e pensando em reeleição. Por isso, todos se venderam e está aí a maior crise da história. Chegando lá, acabo com a reeleição a partir da minha própria, pois não quero ser reeleito”, finalizou.