Nesta edição, a reportagem do Giro S/A abordou tema que causou polêmica na Capital. Na contramão da Prefeitura de São Paulo, que previa a internação compulsória para tratamento de dependentes químicos, e vem realizando abordagens com uso da força policial, as gestões das cidades da região fazem ações sociais e encaminham os usuários para tratamento.
Em Itapevi, as solicitações de internações são enviadas ao Estado; Cotia realiza a internação compulsória por critério judiciário, e em Barueri, com o consentimento do usuário e/ou familiares. Todas contam com Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPs), que possuem serviços diversos. Atualmente, há mais de 760 dependentes de acompanhamento nas cidades, excetuando Santana de Parnaíba, que não respondeu a reportagem.
O assunto é sério e merece muita atenção. Já houve, num passado recente, discussão para a construção de uma clínica regional para dependentes, porém, o assunto esbarrou no preconceito: não se encontrou prefeito disposto a abrir espaço em seu município para a instalação da unidade. Temos de amadurecer essa discussão. Enquanto, olharmos para a situação como se ela fosse um problema apenas “do outro”, nunca avançaremos. A questão é de saúde pública e diz respeito a todos nós!
