Médico Josias Caetano dos Santos foi o responsável pelo procedimento que levou moradora de Vargem Grande Paulista à morte. Justiça decretou prisão, mas ele segue foragido
O Conselho Federal de Medicina (CFM) determinou a interdição do CRM do médico Josias Caetano dos Santos, responsável por um procedimento de hidrolipo que levou à morte de Paloma Lopes Alves, de 31 anos, moradora da cidade de Vargem Grande Paulista. A cirurgia foi realizada em novembro de 2024, na clínica Maná Day, localizada no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo. A informação foi publicada pelo Portal Metrópoles.
De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), a interdição cautelar foi validada pelo CFM e está em vigor desde 20 de fevereiro de 2025. Com isso, o médico fica proibido de exercer a profissão por seis meses, prazo que pode ser estendido por mais seis meses, totalizando um ano. A investigação dentro do Conselho segue em sigilo.
Paloma Lopes Alves teve parada cardiorrespiratória e foi socorrida por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel (Samu). Contudo, chegou sem vida ao Hospital Municipal do Tatuapé. O caso foi registrado como morte suspeita.
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Além da punição administrativa, Josias teve sua prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) em janeiro deste ano. Segundo a decisão judicial, ele e outros três funcionários da clínica “assumiram o risco de matar” ao realizar o procedimento sem atender às normas mínimas de saúde e segurança. Paloma sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu no dia 26 de novembro de 2024.
A Polícia Civil concluiu as investigações e encaminhou o inquérito à Justiça. Uma das proprietárias da clínica foi presa em Guarulhos no dia 17 de janeiro, mas o médico e os demais funcionários seguem foragidos. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que as equipes continuam em diligências para localizá-los.
O que é hidrolipo
A hidrolipo, também chamada de lipoaspiração tumescente, é o nome dado a uma lipoaspiração realizada com anestesia raquidiana, que torna insensível à dor apenas uma parte do corpo. O paciente, se não for sedado, mantém a consciência e fica acordado durante todo o procedimento.
A cirurgia leva o prefixo “hidro” no nome porque o médico injeta uma solução de anestésico, soro fisiológico e adrenalina com o intuito de diminuir os vasos capilares e reduzir a perda de sangue.
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