O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (20), que a vacina chinesa contra o coronavírus deve começar a ser testada em 890 voluntários no Hospital das Clínicas (HC) a partir desa terça-feira (21). A produção é uma parceria entre o Instituto Butantan e a empresa chinesa Sinovac Biotech.
O medicamento chegou ao País no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na madrugada desta segunda. O avião com mais de 20 mil doses saiu de Frankfurt, na Alemanha, num voo de 11 horas de viagem. As doses estão na alfândega do aeroporto aguardando liberação.
Os testes serão realizados no HC, no Instituto Emílio Ribas e no Instituto Butantan. O medicamento também será testado em outros centros de pesquisa no Estado e também no Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.
Caso seja aprovada, a vacina será testada no Brasil, no início do próximo ano. O Governo Estadual está adaptando uma fábrica para comportar a produção e estima fabricar mais de 120 milhões de doses.
A distribuição será gratuita em todo o País, através do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, mais de um milhão de pessoas se inscreveram com interesse em participar da testagem do medicamento contra a Covid-19. Os voluntários serão acompanhados por um anos pelos centros de pesquisa.
Vacina de Oxford
Cientistas da Universidade de Oxford no Reino Unido, também anunciaram nesta segunda-feira que a vacina produzida pela universidade contra o coronavírus é segura e induz resposta no sistema imunológico dos voluntários.
Segundo a universidade, os pesquisadores já esperavam por esse resultado nas duas primeiras fases da pesquisa. A terceira fase está ocorrendo no Brasil.
O medicamento é um dos 141 cadastrados na Organização Mundial de Saúde (OMS) e é o 13º que está em fase clínica, nos testes em humanos no mundo. No Brasil, os testes começaram em 20 de junho.
