Um homem de 24 anos foi detido sob acusação de homicídio. A Prefeitura de Cotia alega que o estabelecimento é clandestino; saiba mais
A Prefeitura de Cotia fechou uma clínica clandestina, que tratava de dependentes químicos, na terça-feira (9). A medida ocorreu após a morte de um homem, de 55 anos, que foi vítima de agressões por parte de um monitor do estabelecimento.
Em imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver a vítima com as mãos amarradas para trás, preso a uma cadeira. Na mesma filmagem, aparecem ao menos quatro rapazes rindo da situação.
Na segunda (8), o homem que aparece nas imagens foi levado para pronto-atendimento (PA) em Vargem Grande Paulista. A equipe médica constatou a morte dele em seguida.
Leia Mais: Cotia entrega novo lote do documento de identificação do autista
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), o suspeito do crime, um homem de 24 anos, foi preso sob acusação de homicídio. Além disso, outro funcionário da clínica é investigado pela Polícia Civil.
Cotia: entenda mais sobre o caso
Agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) foram acionados para atender uma chamada de lesão corporal em uma clínica localizada no Jardim Japão, região de Caucaia do Alto. A equipe encaminhou dois funcionários para a Delegacia Central de Cotia para esclarecer o que ocorreu com a vítima.
O Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil de São Paulo prestou apoio à ocorrência e obteve um áudio em que o suspeito confessava as agressões. “Cobri no cacete, cobri… chegou aqui na unidade… pagar de brabo… cobri no pau. Tô com a mão toda inchada”, afirmou o acusado.
Ao portal de notícias G1, o delegado Adair Marques Correa Junior, do Distrito Policial Central de Cotia, afirmou que o suspeito admitiu em seu interrogatório ter feito uso da “força para conter o paciente, que estava muito agitado”.
“Ele também confirmou que quem gravou o vídeo foi ele”, explicou o delegado. “Ele não falou sobre o áudio, mas é inquestionável que a mensagem é de Matheus, porque a voz é dele.”

Na terça-feira (9), a Vigilância Sanitária da cidade interditou a clínica, atestando que o espaço funcionava sem autorização. A gestão municipal ressaltou, ainda, que uma equipe da Secretaria da Saúde identificou sinais de maus-tratos a outros pacientes, no qual, foi dado início ao trabalho de profilaxia, além da avaliação dos internos para verificar se precisam de atendimento.
A defesa dos donos do local contestou as acusações, afirmando que a clínica está regularizada para oferecer atendimento ao público. Os proprietários ressaltaram ainda que não iriam comentar a morte do paciente porque estão abalados. Eles serão ouvidos nas investigações.
Em 2020 e 2021, em outro caso, os donos da clínica foram declarados réus pela Justiça por maus-tratos a quatro adolescentes. No entanto, o crime prescreveu.
Outros funcionários da local serão investigados, para saber se eles estavam envolvidos na tortura ou foram omissos ao não a impedir as agressões. Outros rapazes aparecem na filmagem. O DP Central de Cotia apura se eles trabalham na clínica ou se são empregados de alguma empresa terceirizada responsável pela remoção do paciente até o local.
“A Prefeitura de Cotia informa que tomou conhecimento deste fato pela imprensa e não foi comunicada por nenhum órgão oficial. Uma equipe está se deslocando ao endereço para verificar se trata-se de uma clínica regularizada. Caso seja um estabelecimento irregular todas as medidas cabíveis serão tomadas pela gestão municipal”, informou a administração municipal ao G1.
*com informações dos portais de notícia G1 e Jovem Pan.
—
Jornalismo regional de qualidade
Há mais de 16 anos, o GIRO noticia os acontecimentos mais importantes nos seguintes municípios: Araçariguama, Barueri, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba, São Roque e Vargem Grande Paulista. Agora, junta-se a eles, as cidades de Jundiaí e São Paulo.
Siga o perfil do jornal no Instagram e acompanhe outros conteúdos.