A tecnologia aos poucos substitui tarefas humanas. Uma empresa francesa apresentou recentemente um robô capaz de preparar 120 pizzas por hora – ele é três vezes mais rápido que um pizzaiolo. De acordo com Vivaldo José Breternitz, professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Mackenzie, essa empresapretende criar uma rede de pizzarias robotizadas no final deste ano.
A mão de obra em pizzarias é um desafio. De acordo com Gustavo Cardamoni, vice-presidente da Associação Pizzarias Unidas do Brasil, hoje a tecnologia já está presente. “Há modeladoras (máquina que abre a massa),boleadoras (que faz a bolinha da pizza), forno esteira, que requer mão de obra menos técnica, pois coloca a pizza de um lado e a pega pronta do outro lado. Pode ser gás ou elétrico e já são bastante usados, com preços de R$ 15 mil a R$ 20 mil. Outra opção é o forno que mantém a estrutura do forno a lenha, funciona a gás, mas tem uma base rotante e custa em torno de R$ 50 mil.” São poucos bons profissionais no mercado, diz Cardamoni, dificultado por trabalharem aos fins de semana e à noite. “A automação é tendência por custo da mão de obra, carga tributária e outros fatores”, explica. Ainda assim, dificilmente essa tecnologia retirará o trabalho de um pizzaiolo. “A tradição e o artesanal ainda são valorizados. A moda não é ser tecnológico, é ser gourmet”, finaliza.
