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O Brasil assumiu a presidência rotativa do Brics em 1º de janeiro e planeja avançar no uso de moedas locais entre os países-membros. O objetivo é facilitar operações financeiras no comércio e investimentos, reduzindo custos para as nações emergentes. Mauricio Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, anunciou essa estratégia, que já está em desenvolvimento desde 2015. Ele destacou que, embora não se discutam planos para uma moeda comum, o uso de moedas locais é uma prioridade. As reuniões da próxima semana vão debater temas importantes para o bloco.
- Brics usará mais moedas locais no comércio entre os países-membros.
- O objetivo é reduzir custos de operações financeiras.
- Discussões sobre moedas locais começaram em 2015.
- Não há planos para criar uma moeda comum agora.
- A cúpula de líderes será em julho no Rio de Janeiro.
BRICS e o Uso de Moedas Locais: Uma Nova Abordagem
Introdução ao BRICS
O BRICS, grupo de nações emergentes que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, busca inovações em suas práticas comerciais. Com a presidência rotativa do Brasil iniciada em 1º de janeiro, o foco principal será o aumento do uso de moedas locais nas transações financeiras.
O Objetivo do Uso de Moedas Locais
A proposta de utilizar moedas locais visa reduzir custos nas operações comerciais e financeiras. Essa estratégia, segundo Mauricio Lyrio, já vem sendo discutida desde 2015 e se consolidou como prática comum no comércio bilateral entre os membros do BRICS.
A Confirmação de um Novo Caminho
Em coletiva de imprensa em Brasília, Lyrio destacou a importância dessa abordagem. Ele afirmou que já existem exemplos positivos de países que utilizam suas moedas locais nas transações, facilitando o comércio e fortalecendo a cooperação econômica entre as nações.
Reuniões Futuras e Discussões
As reuniões agendadas para 25 e 26 de janeiro serão cruciais. Os líderes e negociadores das 11 nações do BRICS se encontrarão para discutir as prioridades do bloco. Entre os países que se uniram ao grupo em janeiro de 2024 estão Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia e Irã.
A Questão da Moeda Comum
Embora o uso de moedas locais esteja em pauta, Lyrio deixou claro que, neste momento, não está em discussão a criação de uma moeda comum para o BRICS. O diplomata mencionou que essa é uma questão complexa e que existem outras formas de reduzir custos operacionais.
Possibilidades Futuras
No entanto, ele não descartou que, no futuro, os líderes do BRICS possam considerar a adoção de uma moeda comum, dependendo da integração econômica entre os países.
As Prioridades do Brasil no Comando do BRICS
Durante as reuniões, além do uso de moedas locais, o Brasil apresentará outras prioridades que guiarão a presidência. As cinco áreas principais de foco incluem:
- Cooperação em Saúde
- Financiamento de Ações Contra Mudanças Climáticas
- Comércio, Investimento e Finanças do BRICS
- Governança da Inteligência Artificial
- Desenvolvimento Institucional do BRICS