No levantamento mais recente, de fevereiro, 158 mil das 191.498 empresas abertas no país foram de Microempreendedores Individuais (MEI), ou 82,5% do total. O crescimento só nesse mês foi de 14,4%.
De acordo com economistas da Serasa Experian, a lenta recuperação do nível de emprego formal e a retomada do crescimento da economia estão favorecendo a abertura de novos negócios, especialmente de MEIs.
A professora Angela de Souza Menezes, especialista em finanças do Mackenzie Tamboré, vê com otimismo esse crescimento. “Além de ser mais saudável sair da informalidade, quem tem CNPJ conta com benefícios em linhas de financiamento, por exemplo.” Ela analisa a relação direta de desempregados com novas adesões ao MEI, ao observar um forte movimento de pessoas que atuaram por anos como funcionários com bons cargos em corporações e desligados na crise. “Pessoas com mais de 40 anos, longe de se aposentar e demitidas de bons empregos estão vendo nessa modalidade a chance de voltar a crescer, são experientes. O microempreendedorismo tem esse lado positivo, pois estimula a reação”, afirma a professora, que não prevê uma melhora na economia tão cedo. “O MEI vai girar mais a economia. E quanto mais pulverizadas as empresas, melhor para o mercado”, conclui.
Até esta sexta (18), o Sebrae tem programação especial para incentivar a formalização dos MEIs.
