Pontes, novas vias e alças de acesso são construídas. Arquiteto e urbanista defende soluções mais a longo prazo para melhorar a mobilidade
Com ares de cidadezinha do interior, Alphaville sofreu transformações e ganhou ares de metrópole, acendendo um alerta para a questão da mobilidade urbana no bairro e em seu entorno. Moradores e flutuantes reclamam do trânsito, o que torna um desafio às gestões municipais.
As prefeituras têm realizado obras viárias para tentar desafogar o trânsito, como a recente expansão de faixas no trecho da avenida Yojiro Takaoka que dá acesso ao Centro de Apoio II, sentido Residencial 11, em Santana de Parnaíba. Já Barueri ganhou alças de acesso, como a da ponte Akira Hashimoto, que permite chegar à Via Parque. As cidades investiram também em pontes, novas avenidas e duplicação de vias.
+SIGA os canais de notícias do GIRO no Whatsapp, Telegram e Linkedin
Mobilidade urbana: soluções a longo prazo
Além disso, duas pontes estão sendo construídas paralelamente à ponte Guilherme de Almeida, sobre o rio Tietê, e fazem parte do projeto de ampliação das marginais da rodovia Castello Branco. As obras da concessionária CCR ViaOeste incluem faixa adicional e remodelação dos trevos de acesso a Barueri e Alphaville. O investimento é de R$ 815 milhões.
Para o arquiteto e urbanista Cléverson Fiuza, a mobilidade urbana precisa ter soluções mais a longo prazo. Fiuza defende a criação de um anel viário em torno de Alphaville e Tamboré, capaz de absorver o movimento externo que passa por dentro dos dois bairros, além de movimentações futuras. “É preciso agir com energia e altos investimentos. Precisamos de uma complexa operação urbana”, afirma o urbanista. Com parte do anel viário, o arquiteto sugere a construção de um túnel dentro do terreno do Colégio Presbiteriano Mackenzie, com um boulevard sobre ele.

Região de Alphaville pode ganhar novas vias e acessos
Alphaville ganhará novos edifícios nos próximos anos no complexo Alphagran, na avenida Andrômeda, em Barueri. Um estudo de impacto no tráfego e de dimensionamento do sistema viário foi apresentado em audiência pública, com melhorias a curto e longo prazo.
Instalação de semáforos sincronizados, construção de alargamentos e mudança no sentido de vias são algumas sugestões. A pesquisa inclui a construção de uma possível via pública na avenida Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues, em Santana de Parnaíba, que se conectaria ao sistema viário do 18 do Forte, em Barueri, desafogando um pouco a avenida Paiol Velho e impactando na região do Alphagran.

Trem pode chegar a Alphaville
O Plano Integrado de Transporte Urbano (PITU 2040) inclui a Linha 24-Quartzo, interligando as estações Rio Negro e Campo Limpo, em São Paulo. O projeto prevê 20 estações, três delas na região: Rio Negro, Araguaia e Tamboré. O PITU 2040 tem o objetivo de desenvolver, para os próximos 20 anos, a política de mobilidade para a Região Metropolitana.
A nova linha não aparece nos documentos do programa SP nos Trilhos, lançado em maio. Logo, a chegada do trem pode demorar mais de 15 anos.

—
Jornalismo regional de qualidade
Há mais de 16 anos, o GIRO noticia os acontecimentos mais importantes nos seguintes municípios: Araçariguama, Barueri, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba, São Roque e Vargem Grande Paulista. Agora, juntam-se a eles, as cidades de Jundiaí e Taboão da Serra.
Siga o perfil do jornal no Instagram e acompanhe outros conteúdos.