A reportagem do Giro S/A teve acesso a imagens de uma ocorrência de acidente de trânsito, que aconteceu em 14 de novembro, envolvendo dois veículos, que terminou em uma briga generalizada entre familiares de um advogado e policiais militares desacatados e agredidos fisicamente em Carapicuíba. De acordo com o B.O, os policiais foram acionados para atendimento de um acidente de trânsito sem vítimas. No local, os agentes encontraram os envolvidos em discussão e luta corporal.
Diante da cena, os militares pediram que o agressor soltasse o motorista que havia colidido com o seu carro. O homem estava visivelmente machucado, sangrando e pedindo ajuda por estar sendo sufocado. Afirmou ainda que arcaria com o prejuízo do veículo acidentado. Aos policiais, o motorista agredido ressaltou que o advogado havia se identificado como um suposto delegado de Polícia e também o ameaçou de morte, além de agredir sua esposa, gestante, com um chute na barriga.
Após atos administrativos para verificação dos carros envolvidos no acidente, foi constatado que o veículo da vítima não tinha CNH, sendo apreendido por irregularidades na documentação. Na sequência, ao solicitar a documentação do outro veículo, os policiais foram ofendidos pelo agressor e outros membros de sua família. O filho do advogado agrediu fisicamente um dos agentes e o episódio gerou uma briga generalizada entre familiares do advogado e policiais.
Após ter sido dado a voz de prisão, o jovem continuou a desacatar os militares com palavras de baixo calão. No momento em que o agressor foi conduzido para a viatura, o advogado, segundo o B.O, alegou que se fosse para o seu filho ir no compartimento de preso, ele iria junto, ocorrendo uma nova confusão entre todos os envolvidos conforme a gravação obtida pela reportagem.
O caso foi registrado no 1º DP de Carapicuíba como lesão corporal, embriaguez ao volante, desacato, resistência, ameaça, injúria, dano, dirigir sem CNH/PPD, fuga do local do acidente e abuso de autoridade. Compareceram na delegacia diversos advogados e o presidente da OAB Carapicuíba. Em 2018, o advogado envolvido na ocorrência foi afastado pelo Conselho de Ética da OAB por infração do Estatuto. O mesmo ficou sem poder advogar por 60 dias por infração ao Art. 37 da Ordem.