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“Vamos acabar com as enchentes da nossa cidade”, garante prefeito Rubens Furlan

Rubens Furlan recebeu a reportagem do Giro em seu gabinete (Francisco Cepeda/Giro S/A)

Na manhã da última sexta-feira (10), o prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PSDB), recebeu a reportagem do Giro S/A em seu gabinete, para conceder entrevista exclusiva. No encontro, Furlan fez um breve balanço dos primeiros meses de seu sexto mandato à frente da administração municipal. O gestor ainda falou sobre o combate à pandemia e os desafios para a retomada da economia, entre outros temas. Acompanhe a seguir os principais momentos da entrevista. 

Qual o balanço que o senhor faz deste quase primeiro ano de mandato? Dizia desde inicio que não era continuação de um governo, mas sim, outro mandato. É o sexto. A gente entra apesar de ser outro mandato com a mesma mentalidade. Na saúde, por exemplo, o dia que você parar de investir a qualidade cai, então, é necessário um investimento permanente e continuo e sempre será uma preocupação permanente do nosso mandato. Com o hospital regional vamos dar um salto grande. Hoje, a qualidade da saúde da nossa cidade é muito boa, assim que o Hospital Regional tiver pronto ele vai atender toda a região e aí o Hospital de Barueri vai ficar para a população de Barueri. 

O senhor acredita que o momento mais crítico da pandemia já passou? A minha geração de políticos não viveu um momento tão difícil e triste da pandemia. Aqui no Brasil ela se agravou, pois uma parte dos políticos era contra a vacina, então, quando acontece algo tão ruim acredito que todos devem estar a favor da mesma coisa, mas, infelizmente o Brasil estava dividido, uma parte liderada pelo presidente defendia uma posição e a outra metade defendia outra posição que é a mesma que a minha e acredito que seja a correta. Foi um momento de muita tristeza, vimos muitas pessoas ficarem doentes, vimos muitos amigos e parentes morrer, eu mesmo tive uma complicação muito grande e isso tudo mostrou a fragilidade da vida que vivemos neste planeta. O pior de tudo já passou, pois a inteligência humana, dada por Deus, rapidamente reage contra isso e surgem as vacinas que está em estágio bastante avançado. Esse resultado a gente vê nos leitos dos hospitais. Hoje, temos leitos. Aqui em Barueri, ninguém sucumbiu por falta de atendimento médico. Agora, a gente está se reorganizando.

Quais são os futuros investimentos na educação? E quais os desafios da educação à distância durante a pandemia? Quando a gente sai de uma situação de pandemia com mais de um ano de alunos sem aulas, a gente percebe a necessidade de modernizar. Nós avançamos na área da robótica que é para estimular a criação dos alunos. Esse é o futuro, e será assim que vamos formar os futuros profissionais. Vamos modernizar ainda mais as escolas técnicas e os cursos para que os jovens, de fato, estejam aproveitando o tempo e que saiam bons profissionais para atender o nosso mercado. Durante a pandemia, parte das crianças levou para a casa o chromebook e também colocamos internet na casa dos alunos que não tinham acesso a rede, então, nós tínhamos uma estrutura que os prejuízos foram menores. Nós tínhamos 15 mil chromebooks e estamos comprando mais 15 mil.

Hospital Regional é uma grande conquista e a deputada Bruna Furlan teve um papel fundamental para a instalação dessa unidade em Barueri? No começo de outubro nós queremos fazer uma inspeção com a presença do governador João Doria para eles verem que o dinheiro que está sendo aplicado na obras está sendo muito bem investido. A obra segue a todo vapor e será um divisor de água e a nossa região terá uma saúde de bastante qualidade. Esse hospital é de alta complexidade, o nosso de Barueri é de baixa e, às vezes, conseguimos atender casos de média complexidade. Agora, está unidade do Regional atenderá todos os casos e será uma unidade completa. Barueri está entrando com a área, com mais R$ 105 milhões para a obra e mais o terreno com mais de 60 mil metros que juntos chegam ao valor de R$ 200 milhões para atender a região. E tem o esforço da Bruna que deu não posso deixar de falar. No papel de deputada federal ela fortalece a gente e a nossa região. Quando vai falar com o governador, não vai apenas o prefeito, mas vai uma deputada federal também. E quando chega a eleição a gente vê o filho do Bolsonaro ter 20 mil votos, a Joyce com 25 mil, mas depois, esse povo nem aparece. Teve horas que pensei em desistir, mas a Bruna foi para cima, conversou com o governador e ele se cumpriu o compromisso. Nós precisamos ter o fortalecimento da região, precisamos de candidatos da região, pois é a força política que traz recursos para dar conforto e melhor atendimento na educação, saúde e outros serviços. É isso que a gente precisa, pois depois não temos de quem cobrar ou pedir ajuda para cobrar.

Quais são os desafios de obras para saúde? Agora não temos uma grande obra. A nosso grande desafio é investir em qualidade. Imagino uma saúde aonde a pessoa vai na UBS passa pelo clínico geral e pede um exame onde chega a conclusão que esse paciente deve se consultar com um médico especialista. Então, da USB esse paciente sai com a consulta marcada com o especialista. No especialista esse paciente tem os exames solicitados e marcados e no retorno ele já tem um quadro definido para fazer um diagnóstico correto onde vai definir se é um tratamento ou precisa de outro procedimento. Hoje, acontece dessa forma, mas não na rapidez que deu desejo. O meu esforço é para a gente fazer esse mecanismo para que o paciente já saia de um lugar com os agendamentos para todos os procedimentos. Mas, hoje, já posso garantir que oferecemos uma saúde de rico para o povo pobre.

– Barueri figura em primeiro lugar no ranking das smart citeis em Economia, e também, foi destaque em Tecnologia. Como o senhor recebeu esse resultado? A cidade é forte e tem característica e tudo que a cidade vive hoje é resultado de um trabalho que fizemos no passado e no presente. Nós preparamos a cidade e as coisas vão acontecendo. Às vezes, a oposição diz que estamos fazendo coisas que a cidade não precisa, mas precisa sim. Precisamos fazer para que as pessoas tragam o dinheiro delas para a cidade. Elas trazendo o dinheiro gera imposto, gera emprego e gera conforto no atendimento que a cidade precisa oferecer. As pessoas vêem a saúde de Barueri, a segurança, a nossa infraestrutura. Aqui em Barueri, nós vemos a quantidade de pessoas que deixar de pagar convênio médico e elas não sentem falta, pois o nosso sistema funciona. Então, vir morar em Barueri ou trazer a empresa para a nossa cidade é muito bom. Investir dinheiro aqui no comércio e na construção é muito bom, por isso, que as pessoas buscam Barueri. Ninguém coloca dinheiro bom em lugar ruim.

Quais investimentos para o fortalecimento da retomada da economia? Nós temos alguns problemas com alagamento, na região central, na Piracema, Vila Márcia, que são onde as empresas estão. Então, nós já estamos construindo um piscinão onde as obras estão a todo vapor com um investimento total de R$ 140 milhões. Não ficará pronto para o período das próximas cheias, mas para o ano que vem não teremos mais alagamentos no Centro e na Piracema. Estamos fazendo também o processo de contratação de obras para o piscinão do Jardim Silveira com um investimento de R$ 100 milhões. Vamos acabar com essa questão que incomoda o nosso empresário. Além disso, temos a ligação com Jandira, na Vila Márcia, que vai ligar a estrada das Nações com a avenida João de Góes e que leva ao trevo de Aldeia da Serra. Também vamos fazer uma nova ligação com Carapicuíba para tirar alguns caminhões que circulam na região e jogar diretamente no Rodoanel ou na Castello Branco para dar uma estrutura maior naquela região. No Jardim Califórnia também tem um Parque Industrial e vamos construir uma avenida que ligará o bairro a estrada dos Altos. Temos bastante investimentos em infraestrutura da cidade para atrair ainda mais empresas para a cidade.

Alphaville completa 48 anos. Como o senhor vê o crescimento dessa região e as ações que podem ser desenvolvidas no bairro? Vi o Alphaville nascer. E hoje, Alphaville é o bairro mais importante não só de Barueri, mas de toda a grande São Paulo e temos muito orgulho desse bairro. Alphaville é um bairro planejamento e conforme os problemas vão surgindo, nós vamos resolvendo. Então, Via Parque até a avenida Andrômeda precisou de intervenção devido ao trânsito. Depois, prolongamos a avenida até a Marcos Uchoa, que é em Santana de Parnaíba onde foi feito um trecho para colocar fim ao trânsito na região. Então, conforme os problemas vão surgindo a gente vai resolvendo com ações. Temos a questão da enchente na Piracema que será resolvido. Também temos o planejamento de aterrar os fios no bairro.

Quando iniciam as obras da ampliação das marginais da rodovia Castello Branco? Estamos nos acertos finais entre o governo do Estado de São Paulo e a concessionária, são detalhes que, às vezes, atrasa por dias o começo de uma obra. Mas, o importante é que a obraé uma realidade, se vai demorar seis meses a mais ou menos não importa, mas agora ela vai sair.

Como estão as conversas para fechar os apoios e as dobradas para deputado federal, já que a deputada Bruna Furlan vai concorrer como deputada estadual? A gente tem várias alternativas, mas estamos vendo aquele que vai atender o anseio do nosso povo e as necessidades da nossa cidade. Tem que ser alguém que a gente confie bastante. O processo eleitoral termina no dia da eleição, mas o processo continua, pois tudo é cobrado do prefeito, então, precisamos de bons aliados. Por isso, a gente pede para a população para que me dê bons aliados para que possamos buscar recursos para melhorar e lutar cada vez mais pela nossa cidade. Ainda temos um bom tempo para definir essa questão.

Ainda existe a possibilidade de Rubinho Furlan ser candidato na eleição de 2022? Sempre existe. Sei que às vezes ele fica preocupado com o pai, com a questão política e se candidatura não pode atrapalhar. Chega uma hora que eu já falo em parar e falo bastante e falo sério. No momento que eu parar é o momento dele entrar. Então, como não vou parar agora, talvez não seja o momento, mas ele ta preparado para ingressar na política o momento que for. Sei que ele é muito bem aceito e nos lugares onde ando as pessoas perguntam por ele.

– O senhor fala em deixar a vida pública, antes disso, o senhor ainda pode ser candidato a governador? Se você me perguntasse isso no passado, ia te dizer: não só existe possibilidade, como de fato sou ou quero ser candidato, mas a essa altura não acredito nessa possibilidade. Suponhamos que eu deixe esse mandato, pois a gente precisa saber a hora de parar, não adianta o adversário dizer que estou velho, pois, enquanto estiver útil para o povo eu vou estar na luta, enquanto puder contribuir estarei ao lado do povo. A hora de tirar o Furlan será a hora que ele não tiver mais contribuindo com a cidade. As pessoas precisam analisar. Como está a cidade, a segurança, a saúde, educação, se está bem, a pessoa tem que continuar. Agora, se a cidade estiver ruim, você tem que tirar.

– Como o senhor analisou os atos do dia 7 de setembro? Na verdade, o 7 de setembro foi um golpe fracassado. Teve muita gente, teve sim. Mas, ele esperava uma reação, conflitos, mas novo povo teve um comportamento exemplar. O povo quer trabalhar e cuidar de suas famílias em pais. O que ele fez no dia 7 de setembro não é coisa de um homem público fazer, foi uma burrice. Mas, o que ele fez no dia 9 de setembro está de parabéns, foi a reflexão do dia seguinte. O nosso medo era que ele insistisse na burrice, mas não ele entendeu o papel. Gosto de pessoas que voltam atrás em um ato de destempero. Tanto é que a economia, bolsa e o povo voltam a ter paz. Parabéns pelo que fez no dia 9, mas uma grande vaia para o que fez no dia 7 de setembro, que isso não se repita.

Essa briga entre os poderes gera mais instabilidade no País? Sim, atrapalha a retomada da economia, atrapalha tudo. Então, que todos tenham vergonha na cara e cada um faça a sua parte. Não podem falar que o Alexandre de Moraes é culpado. Ele não governa o país, ele é um guardião da Constituição. Quem faz contra a Constituição, ele vai agir. Ele é provocado. Os ministros não decidem, eles são provocados, alguém encaminha uma petição e junto com a corte eles decidem de acordo com a lei. Então, falar que a Suprema Corte é culpada é um erro. Agora, falar que o Congresso é culpado, até pode ser se eles estiverem atrapalhando o presidente, mas eles não estão. Tudo que vai do presidente é aprovado, uma ou outra coisa é ajustado e negociado. O legislativo está agindo muito bem. Então, a culpa é de quem do governo. Não é difícil de enxergar isso. Se fechar o Supremo e o Congresso, vão deixar o único culpado governador sozinho. Se isso acontecer, saí de baixo.

Como o senhor vê a união dos prefeitos do Cioeste? O trabalho tem sido muito bom. Os prefeitos são bons e essa união traz a força política que a nossa região precisa. No momento mais difícil nós fizemos várias reuniões onde tomamos decisões importantes de combate à pandemia. Acho que o consórcio é muito importante por conta dos interesses regionais.

O que a população pode esperar deste sexto mandato do Rubens Furlan? A população pode esperar muito mais empenho nesses anos que faltam para terminar o mandato. As pessoas podem esperar muito mais investimentos na saúde, modernização na área da educação, pois quero que os jovens que não têm condições de pagar escolas tenham a mesma formação para disputar o mercado de trabalho. Quero que o nosso povo continue confiando na nossa gestão, pois não vou desapontar vocês, pois prezo a relação que tenho com a nossa população. O meu maior patrimônio é poder sair nas ruas de Barueri e receber o carinho da população que confia no meu trabalho. Contem com o meu apoio permanente, e agora com muito mais experiência. 


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