A forma em que o brasileiro vê televisão irá mudar. Entra em vigor a partir do primeiro semestre de 2026, a TV 3.0. Conhecida também como DTV+ no Brasil, a nova geração de TVs promete melhor qualidade de imagem, som envolvente e interatividade, mantendo a TV aberta de graça.
Com mais interatividade, qualidade de som e imagem superior, além de maior integração com a internet, o novo sistema moderniza o setor e coloca o país na vanguarda da radiodifusão mundial.
“A TV 3.0 (DTV+), trará mais possibilidades de interação do telespectador com as suas emissoras prediletas. Além disso, representa uma evolução significativa da TV digital aberta e, por ser um serviço gratuito e acessível via sinal de antena, seu impacto no dia a dia dos brasileiros será profundo, especialmente ao considerar as realidades socioeconômicas diversas do país”, explica Sérgio Santoro, coordenador do Módulo de Mercado do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD).
O especialista explica que entre as principais mudanças no cotidiano se darão pela integração entre a TV aberta e a internet, que vão transformar o aparelho em uma plataforma mais interativa e personalizada. Essa conectividade não dependerá obrigatoriamente de conexão à internet para funcionar, apenas para os recursos interativos e sob demanda.
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O serviço foi aprovado pelo Governo Federal em agosto deste ano e a fase preparatória está prevista para ser concluída em 2025. O início das primeiras transmissões da TV 3.0 no primeiro semestre de 2026, nas grandes capitais. O processo de expansão até atingir a cobertura de todo o território nacional deve levar até 15 anos.
Ao todo, a política da TV 3.0 recebeu investimentos de R$ 7,5 milhões. “A maior eficiência na transmissão do serviço vai permitir a entrada de novos radiodifusores, tornando o setor mais democrático e acessível. Com o uso da internet, a TV 3.0 terá potencial de servir como ponto de acesso a serviços públicos digitais e como ferramenta de inclusão e participação social”, destacou o Ministério das Comunicações.
Entre os principais avanços tecnológicos, Santoro destaca que haverá “melhor resolução de imagem (4K e possibilidade de até 8K), áudio imersivo, navegação através de ícones, acesso a conteúdos de maneira fluída entre o Broadcast (transmissão pelo ar) e o Broadband (internet – *para as TV’s conectadas), possibilidade de participação em enquetes, realities shows, comércio pela TV, entre outros”.
Cronograma de implementação da TV 3.0




Sistema trará maior acessibilidade (Divulgação/Pexels)
Sérgio Santoro esclareceu à reportagem que cronograma da TV 3.0 ainda está em discussão, devendo iniciar a operação comercial a partir de 2026. A expectativa do Governo Federal é de que a TV 3.0 entre no ar em junho de 2026, a tempo da próxima Copa do Mundo.
“Como desafios técnicos, podemos ressaltar a adaptação das emissoras, a transição propriamente dita, principalmente em localidades onde a canalização de tv está totalmente ocupada, e também a adaptação para a sua recepção pelo telespectador, através da adoção de um conversor, ou a troca do receptor, uma vez que a TV 3.0 não é retrocompatível com o sistema em operação atualmente”, afirma.
O novo sistema televisivo também poderá viabilizar novos modelos de negócio para as emissoras, por meio do consumo logado. De acordo com Santoro, para aqueles que assim o desejarem, cadastrar seus dados no receptor, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que pode gerar interações personalizadas tanto através de perfis estabelecidos ou através de segmentação geográfica, para determinados bairros em um município, por exemplo.
“Há a possibilidade da oferta do chamado T-Commerce, onde a emissora pode ofertar a compra de objetos e roupas de cena de uma novela, a possibilidade de enquetes, que podem ser patrocinadas a respeito de temas atuais, entre outras possibilidades”, destaca.
Acessibilidade
A TV 3.0 (DTV+) trará avanços significativos nos recursos de acessibilidade, aprimorando e integrando essas funcionalidades na experiência de consumo de mídia. O objetivo principal é garantir que a televisão aberta continue sendo um meio universal e inclusivo, ampliando o acesso à informação e ao entretenimento para pessoas com deficiência.
Na prática, isso permitirá que indivíduos com deficiência acessem o mesmo conteúdo que suas famílias, de forma simultânea, com recursos como linguagem de sinais, áudio descrição e legendas, tudo isso por meio de uma segunda tela.
“Além disso, legendas com mais opções de personalização (tamanho, cor, fundo) e suporte a múltiplas faixas de idioma em tempo real. e maior integração com assistentes virtuais e dispositivos inteligentes, permitindo que a navegação pelos aplicativos, menus e canais da TV 3.0 seja feita por comandos de voz e/ou gestos, sem a necessidade de depender exclusivamente do controle remoto”, ressalta Sérgio Santoro.
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