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TJ nega pedido da Prefeitura de SP para suspender mototáxi

Presidente do Tribunal rejeita tentativa da gestão Ricardo Nunes de adiar regulamentação do mototáxi na cidade de São Paulo
TJ barra tentativa da Prefeitura de SP de derrubar permissão do retorno do Mototáxi (Divulgação)Justiça suspende serviço de mototáxi após acidente que matou passageira (Bruno Peres/Agência Brasil)

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou, na noite de quarta-feira (26), o pedido da Prefeitura de São Paulo para suspender ou estender o prazo de regulamentação do serviço de mototáxi na capital. A decisão mantém válido o limite de 11 de dezembro — data em que se encerram os 90 dias fixados pela Justiça para que o município estabeleça regras para a atividade.

A negativa ocorre uma semana após Uber e 99 anunciarem que iniciarão o serviço de transporte de passageiros por motocicleta a partir do dia 11, independentemente da regulamentação municipal. As empresas afirmam que, caso o governo não estabeleça normas, adotarão mecanismos próprios de segurança e poderão contestar judicialmente eventuais exigências consideradas excessivas.

Na segunda-feira (25), a gestão Ricardo Nunes (MDB) recorreu ao TJSP alegando que a liberação do motoapp pode “aumentar a frota circulante, provocar explosão de acidentes e gerar risco real de colapso ao sistema público de saúde”. O município também pediu que o prazo fosse prorrogado até que o Supremo Tribunal Federal (STF) concluísse o julgamento de um recurso extraordinário sobre o tema.

A decisão de manter o cronograma foi tomada pelo presidente do TJSP, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia. Em seu despacho, ele afirmou que não cabe à Presidência da Corte, por meio de decisão individual, alterar os efeitos de um julgamento colegiado do Órgão Especial.

No recurso, a prefeitura citou ainda que as mortes de motociclistas aumentaram 20% na capital, saltando de 403 em 2023 para 483 em 2024, além de causar um impacto anual de R$ 35 milhões aos cofres públicos com atendimentos a acidentados.

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