Entre as ações realizadas nas cidade estão: implantação de coletores e redes de esgoto (Francisco Cepeda/Giro S/A)
Os investimentos totais em ações para a despoluição do rio Tietê, no trecho das cidades de Osasco, Barueri, Carapicuíba, Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus, ultrapassam R$1 bilhão. A informação confirmada com exclusividade pela reportagem do GIRO.
Segundo a Sabesp, as intervenções fazem parte do “Projeto Tietê”, desenvolvido desde 1992, na implantação e ampliação da infraestrutura de coleta e tratamento de esgoto na Região Metropolitana. Os trabalhos estão sendo realizados pelo órgão estadual em parceira com os municípios da Região Oeste da Grande São Paulo. As intervenções colocadas em prática visam a recuperação gradativa do rio Tietê.
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À reportagem do GIRO, a prefeitura de Osasco informou que até o fim de 2021, a Sabesp assentou cerca de 17 km de rede coletora na cidade. Com isso, cerca de 3.500 imóveis da zona norte, em bairros como Vila Menck, Baronesa, Rochdale, Munhoz Júnior, Mutinga, Portal D’Oeste, Vila Ayrosa, Bonança e Helena Maria passaram a contar com ligações de esgoto.
O órgão estadual também estima que 12 milhões de pessoas foram beneficiadas diretamente com as ações – contingente maior do que a população de Londres e Paris juntas, por exemplo.
Ações regionais
De acordo com a organização não-governamental (ONG) SOS Mata Atlântica, a mancha de poluição observada no rio Tietê alcançou 85 km em 2021. No início dos anos 1990, ela se estendia por mais de 530 km.
Entre as ações realizadas nas cidades Osasco, Barueri, Carapicuíba, Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus estão: implantação de coletores e redes de esgoto, instalação de estações elevatórias de esgoto (EEE) e estações de tratamento de esgoto (ETE), execução de ligações de esgoto, ações socioambientais, bem como o programa “Se Liga na Rede”, projeto de inclusão social para imóveis de baixa renda.
“O impacto no meio ambiente é visível e traz diversos benefícios, entre eles: melhoria na qualidade de vida da população e das águas de córregos e rios uma vez que o esgoto destes locais é retirado e encaminhado para tratamento”, afirmou a Sabesp ao GIRO
Em Osasco, estão previstos investimentos de mais de R$ 500 milhões para ampliação e melhorias no esgotamento sanitário (Francisco Cepeda/Giro S/A)
Obras em Osasco e Barueri
Ao GIRO, a prefeitura de Barueri informou que está desenvolvendo a construção de rede coletora e de tratamento de esgoto. O empreendimento está estimado em R$,300 milhões e tem previsão de entrega até 2033.
Além disso, estão sendo realizadas fiscalizações para coibir o lançamento irregular de esgoto; o licenciamento ambiental de atividade potencialmente poluidora; a assinatura do termo de a Secretaria de Meio Ambiente/FIEB para monitoramento de água no projeto “Bacias limpas, Águas Claras”; o licenciamento ambiental de atividade potencialmente poluidoras e a educação de ambiental por meio do projeto “Se Liga na Rede”.
“O município de Barueri realiza o tratamento de 62% do esgoto gerados e por meio desse projetos e forças tarefas, o município visa tratar 95% do esgoto gerado até 2027. Tudo faz parte de um conjunto de ações, construção e tratamento do esgoto da Sabest e da Prefeitura”, afirmou a administração pública barueriense.
Já em Osasco, de acordo com a Sabesp, estão previstos investimentos de mais de R$ 500 milhões para ampliação e melhorias no esgotamento sanitário de Osasco no decorrer do contrato de concessão.
Em 2020 foram assentados 11 quilômetros de redes coletoras de esgoto no município, sendo oito quilômetros na zona Norte e outros três na zona Sul. Em 2019, a companhia realizou 8.800 ligações à sua rede de esgoto, beneficiando cerca de 40 mil moradores.
“Osasco conta atualmente com mais de 852 kms de rede coletora de esgoto, o que equivale a 86% do índice de cobertura de esgoto, com mais de 152 mil imóveis conectados. A Sabesp também está construindo na cidade o Interceptor ITi-5 na região do Jardim Piratininga. Esse sistema permitirá encaminhar o esgoto coletado para a Estação de Tratamento de Esgoto de Barueri”, afirmou a administração osasquense.
Rio Pinheiros
Outra obra ligada ao meio-ambiente na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é a despoluição do Rio Pinheiros. Ainda segundo a Sabesp, as intervenções já conectaram 622 mil imóveis ao sistema de tratamento desde 2019, cerca de 117% da meta prevista pelo governo estadual (533 mil domicílios).
No total, 1,6 milhão de pessoas passaram a ter seus esgotos encaminhados para tratamento na RMSP, o equivalente à população de Porto Alegre ou Recife. O investimento é de R$ 1,7 bilhão. Como resultado direto, o Pinheiros já apresenta água sem odor e com a volta de vida aquática.








