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Ricardo Nunes rebate Trump e defende 25 de Março: “Não é comércio ilegal”

Prefeito da capital, Ricardo Nunes, nega ilegalidade no maior polo de comércio popular da América Latina após abertura de investigação dos EUA
Prefeito Ricardo Nunes vetou emendas apresentadas pelos vereadores na Câmara (Flickr/Ricardo Nunes)

O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), voltou a rebater, nesta quinta-feira (17), as acusações feitas pelos Estados Unidos contra a rua 25 de Março, tradicional reduto de compras no centro de São Paulo e considerado o maior centro de comércio popular da América Latina.  Em entrevista à TV Globo, Nunes defendeu os comerciantes da região e declarou que a atividade econômica local não pode ser tratada como fora da legalidade.

“O comércio da Rua 25 de Março não pode ser considerado um comércio ilegal, pois não é. Se em algum local existir venda de produtos falsificados, inclusive na 25, cabe à Receita Federal e aos órgãos de combate à pirataria fiscalizar. E todos continuarão tendo, como sempre, apoio total da Prefeitura de São Paulo”, explicou.

A declaração acontece após o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) anunciar, na terça-feira (15), a abertura de uma investigação formal contra o Brasil. A medida foi determinada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, sob a justificativa de violação de direitos de propriedade intelectual e comércio de mercadorias falsificadas.

Tarifa de 50% para produtos brasileiros

A ofensiva internacional faz parte de um pacote de retaliações adotado por Trump, que também inclui uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. O político já havia sinalizado a ação em uma carta na qual criticava o processo judicial contra Jair Bolsonaro (PL), acusado de orquestrar uma tentativa de golpe.

Segundo o relatório do governo americano, a Rua 25 de Março figura há décadas entre os principais polos mundiais de falsificação de produtos, mesmo após diversas operações de repressão ao comércio ilegal. Para o USTR, a continuidade dessa prática estaria relacionada à ausência de punições eficazes e políticas públicas que desincentivem a pirataria de maneira duradoura.

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