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Raul Bueno, ex-prefeito de Pirapora do Bom Jesus, é alvo da PF; investigação apura desvios da covid-19

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Viatura da Polícia Federal em frente a residêcia de ex-prefeito Raul Bueno (Divulfação/Reprodução/Redes Sociais)

O ex-prefeito de Pirapora do Bom Jesus, Raul Bueno, foi alvo da Operação Contágio da Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira (20). A ação apura desvios de recursos públicos na área da saúde nos municípios de Hortolândia, Embu das Artes e Itapecerica da Serra. Bueno foi secretário de Saúde em Embu entre 2019 e 2020. 

Segundo a PF, no momento em que os policiais chegaram a residência do político, ele tentou se desfazer do seu notebook jogando o equipamento no telhado. A investigação teve origem após a Controladoria Geral da União (CGU) ter identificado uma Organização Social (OS), sem capacidade técnica, contratada por esses municípios. Foram constatados indícios de fraude e direcionamento para prestação de serviços de saúde, em contratos que, somados, superam R$ 100 milhões. Alguns dos contratos foram firmados de maneira emergencial, para gestão e atendimento de pessoas infectadas com covid-19. 

A OS alvo das apurações tem como presidente um veterinário recém-formado, além de possuir diversos contratos no combate à covid-19. A empresa é suspeita de não ter capacidade para atuar com excelência no setor de saúde. Bueno foi um dos responsáveis pela contratação da OS em Embu das Artes. 

Após as contratações pelos municípios, a OS subcontratava a execução dos serviços para diversas empresas associadas, algumas constituídas poucos meses antes, também sem experiência na área de saúde. 

Algumas dessas subcontratadas, após os repasses de recursos pela OS, efetuaram centenas de saques em espécie que somam mais de R$ 18 milhões, realizados de maneira fracionada para burlar o controle contra lavagem de dinheiro do sistema financeiro nacional. O transporte do dinheiro era feito sob a escolta armada de um guarda civil municipal, que também era sócio de uma das empresas subcontratadas.

Os crimes apurados são de peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa. 

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