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Saúde: pressão de 12 por 8 é reclassificada como pré-hipertensão

Nova diretriz para pressão arterial tem como objetivo antecipar o diagnóstico e reforçar a prevenção (Divulgação/Freepik)

A pressão considerada de risco no Brasil mudou. Uma nova diretriz divulgada nesta quinta-feira (18), durante o 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, estabelece que valores entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9 (120-139 mmHg sistólica e/ou 80-89 mmHg diastólica) deixam de ser vistos como “normais limítrofes” e passam a ser classificados como pré-hipertensão.

O documento foi elaborado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). A medida tem como objetivo antecipar o diagnóstico e reforçar a prevenção. Nessa fase, médicos devem recomendar mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, até prescrever medicamentos.

Outra alteração é na meta de tratamento. Antes, manter a pressão a partir de 14 por 9 (140/90 mmHg) era considerado suficiente. Agora, o alvo passa a ser abaixo de 13 por 8 (<130/80 mmHg) para todos os hipertensos, independentemente de idade, sexo ou doenças associadas. Segundo os especialistas, a redução é essencial para diminuir riscos de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal.

Saúde: pressão de 12 por 8 é reclassificada como pré-hipertensão

O relatório ainda amplia o olhar para o risco cardiovascular global. Pela primeira vez, incorpora o escore PREVENT, que calcula a probabilidade de um evento cardiovascular em dez anos, considerando fatores como diabetes, obesidade e colesterol alto.

O Sistema Único de Saúde (SUS) também ganhou um capítulo exclusivo. A diretriz recomenda priorizar medicamentos já disponíveis na rede pública, estimular o monitoramento da pressão e reforçar a atuação multiprofissional na atenção básica.

Outro ponto inédito é o enfoque na saúde feminina, com orientações específicas para gestantes, mulheres em uso de anticoncepcionais e no período da menopausa.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, cerca de 28% dos adultos brasileiros têm hipertensão. O controle, porém, ainda é baixo: apenas um terço dos pacientes mantém a pressão sob controle. Com a nova classificação, milhões de pessoas passam a ser consideradas em risco.

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