Henri Sato explicou que respeitou o sistema de pregão eletrônico, que segundo ele, é o mais transparente e que a entrega aconteceu para incentivar funcionários durante período de pandemia
O prefeito de Jandira, Henri Sato (PSDB), publicou um vídeo na tarde desta quinta-feira (27), nas redes sociais, para explicar a polêmica envolvendo a compra de cestas natalinas para servidores públicos municipais. No vídeo, o gestor municipal ressalta que respeitou todos os trâmites para fazer a aquisição das cestas, pendido autorização à Câmara Municipal e com a realização de pregão eletrônico. Além disso, Sato garantiu que a entrega foi uma maneira de valorizar os servidores.
“Nós enfrentamos uma pandemia, assim como todos, e houve a necessidade de dar essa assistência aos funcionários, já que não poderíamos dar aumento ou outro tipo de incentivo aos profissionais. Para isso, respeitando todos os trâmites legais, ou seja, pedimos autorização à Câmara Municipal e respeitamos o modelo de pregão eletrônico, que é o mais transparente possível, pois é aberto para qualquer pessoa jurídica a nível nacional participar e, após isso, ganhou o menor preço. A oferta foi feita de maneira séria e justa”, diz o gestor.
Ainda na publicação, Henri Sato garante que existe um grupo que não deseja o bem da cidade e torce pela piora dos serviços. “Existe um histórico em Jandira, principalmente de opositores em relação a política, que trabalham para o quanto pior melhor, mas quero dizer que na nossa administração isso não. Nós somos transparentes e claros”, disse o prefeito, que revelou a abertura de uma investigação para apurar a denúncia. “Nós pedimos à Procuradoria a abertura de uma sindicância para apurar se houve alguma falha”, finalizou.
Entenda o caso
A Justiça bloqueou os bens do prefeito de Jandira, do seu vice-prefeito, Carlos Piteri (União), e do secretário de Obras, Maurício Celestino (PSDB), por suposta fraude em licitação, com direcionamento na contratação de cestas natalinas para servidores em um total de R$ 627.211,16. Segundo a denúncia do Ministério Público, a entrega das cestas aconteceu antes da assinatura do contrato e que as partes teriam combinado antes mesmo da licitação, os trâmites para compra e entrega. O MPSP considera que “o pagamento à empresa, autorizado por Sato e Pitteri, acarretou um enriquecimento ilícito da requerida e um prejuízo ao erário”.