Ato está programado para o próximo dia 25 de janeiro e deve reunir motoboys em centros comercias e em frente a escritórios do iFood; categoria reivindica melhores condições de trabalho
Reivindicar melhores condições de trabalho. Este é o objetivo de uma paralisão, que deve reunir motoboys autônomos de ao menos quatro estados, no dia 25 de janeiro. A informação da primeira manifestação do grupo, na gestão do presidente Lula (PT), foi publicada ontem (3), na coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal “Folha de S. Paulo”.
De acordo com a publicação, os organizadores pretendem se concentrar em centros comerciais do País, pontos de coleta e em frente aos escritórios do iFood, que é um dos principais aplicativos de entregas em operação no País. Um desses escritórios fica na avenida dos Autonomistas, na região central de Osasco, que compõem um consórcio de 12 cidades da região Oeste da Grande São Paulo.
Dentro da pauta de reivindicações da categoria estão: melhores condições de trabalho, maior participação nas discussões promovidas pelo governo sobre a regulação dos aplicativos e a criação de um fundo social para a proteção de trabalhadores do segmento, entre outros pontos.
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Ao jornal “Folha de S. Paulo”, o líder do movimento em São Paulo, Jr. Freitas, que também é um dos dirigentes da recém-criada ‘Aliança dos Entregadores de Aplicativos (AEA)’, que organiza a mobilização, afirmou que ao menos 13 mil pessoas de todos os estados brasileiros já participam de grupos de WhatsApp criados para organizar a paralisação.
Apesar de a regulação do trabalho intermediado por aplicativos ter sido uma bandeira do presidente durante a campanha e estudada durante a transição, na avaliação de articuladores da paralisação, o petista dialoga muito com centrais sindicais e pouco com motoboys independentes.
“Eles têm o costume de escutar apenas as lideranças, mas não escutam mesmo o trabalhador que está na rua todo dia e que está sendo explorado. As centrais querem regulamentar a categoria colocando regime CLT. Só que a categoria é fragmentada. Uma parcela prefere continuar com os aplicativos, desde que tenha uma regulamentação”, disse Freitas.