A vereadora Elsa Oliveira, presidente do Podemos Mulher, em Osasco, foi escolhida para compor a Comissão de Ética e Disciplina que vai analisar o pedido de expulsão do deputado estadual Arthur do Val da legenda. O documento é assinado pelas presidentes do Podemos Mulher Nacional e estadual de São Paulo, respectivamente, Márcia Pinheiro e Alessandra Algarin, após o vazamento de áudios do parlamentar denegrindo a imagem das mulheres ucranianas dizendo que elas “são fáceis, porque são pobres”.
Em entrevista ao Giro S/A, a vereadora explicou os trâmites do processo e que o deputado terá direito a ampla defesa e ao contraditório e que a análise do caso, dentro da Comissão de Ética deve ser concluída em até duas semanas. “O processo disciplinar foi instaurado e o deputado Arthur Do Val tem o prazo de até cinco dias após a citação para apresentar a sua defesa. Depois disso, o Conselho de Ética e Disciplina Partidária vai se reunir para analisar e elaborar um parecer conclusivo. O trâmite perante a comissão certamente se dará em no máximo duas semanas”, explicou.
Com o relatório em mãos, o parecer definitivo será dado pela Comissão Executiva Estadual que vai definir se aceita ou rejeita a orientação da Comissão de Ética. “Caso seja acolhido, o Deputado Arthur poderá recorrer a Comissão Executiva Nacional, em até cinco dias da notificação do resultado da Comissão Executiva Estadual, conforme previsão no estatuto do Podemos”, destacou.
A parlamentar ainda destacou que, se não houver fatos novos, deve manter a posição anunciada na tribuna da Câmara de Osasco, na sessão desta terça-feira (8), onde declarou que defende a expulsão de Arthur do Val do Podemos. “No tocante a minha posição apresentada em plenário, se não houver nenhum elemento novo trazido pela defesa certamente eu manterei”, garantiu.
Moção de Repúdio
Na sessão desta terça-feira (8), os vereadores de Osasco aprovaram a Moção de Repúdio apresentada pela vereadora Elsa Oliveira. Na tribuna, a parlamentar repudiou o comportamento do deputado Arthur do Val e disse que deve defender a expulsão do parlamentar do partido. “A minha posição é pela expulsão. E quero que fique bem claro que é um lugar [partido político] onde se luta pelo direito das mulheres, não pode ter um homem com esse comportamento. Claro, que vamos analisar e dar todo o direito de defesa ao parlamentar, mas, diante de tudo que se ouviu é lamentável, e onde há fatos, não há argumento”, pontuou durante discurso na Câmara de Osasco.







