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Osasco: “Sou uma líder de governo que não tem acesso aos projetos”, diz vereadora Ana Paula Rossi

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Osasco: “Sou uma líder de governo que não tem acesso aos projetos”, diz vereadora Ana Paula Rossi

Vereadora Ana Paula Rossi usou a tribuna para fazer o desabafo sobre a violência praticada contra as mulheres na política (Ricardo Migliorini/CMO)

A vereadora de Osasco, Ana Paula Rossi (PL), líder de governo do prefeito Rogério Lins (Podemos) na Câmara Municipal, aproveitou a sessão desta terça-feira (14), para desabafar sobre as violências praticadas contra as mulheres na política. A parlamentar pontuou que alguns casos não acontecem de forma explícita, mas sim, de forma mais tímida, mas que não deixa de ser uma violência contra as mulheres.

A discussão sobre o tema aconteceu durante a votação da Moção de Repúdio à violência política de gênero da qual a vereadora Luirce Paz foi vítima. “Por exemplo, sou uma líder de governo que não tem acesso a secretários. Sou a primeira mulher a exercer esse papel de líder do governo na Câmara. É bom ter uma mulher como líder, pois dá Ibope. Mas, sou a primeira líder mulher, mas não existe o menor respeito comigo”, desabafou.

Ana Paula Rossi pontuou que não tem acesso aos projetos do Poder Executivo antes das propostas chegarem à Câmara para votação. “Às vezes, as pessoas questionam como uma líder de governo não defende os projetos? Não defendo, pois não tenho acesso. Em algumas votações até saio do plenário, pois levo minha função muito a sério. Então, como vou defender algo que não conheço? Duvido que essa situação ocorreria caso o líder fosse um homem. Me sinto extremamente violada como líder de governo que não tem acesso a um projeto antes de chegar na Câmara. Só estou pedindo informações”, disparou.

A parlamentar lembrou ainda as manifestações, na Câmara, contra o projeto que concedeu o Título de Cidadão Osasquense ao presidente Jair Bolsonaro. Pontuou que teve seu direito de fala cerceado por integrantes do partido de esquerda que tem em suas bandeiras a defesa das mulheres na política. “Naquele dia foi explicito, me chamaram de fascistas, me mandaram ir lavar roupa. A vereadora Lúcia ao mencionar o meu nome foi vaiada. Tudo isso, praticado por partidos que dizem defender a atuação da mulher na política. Mas, nós somos mulheres e temos uma força gigante. Não desistimos dos nossos sonhos e continuamos lutando”, finalizou.