O número de reclamações contra a Enel, distribuidora de energia com sede em Barueri bateu recorde em 2020 e segue o mesmo caminho em 2021. Na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o aumento foi de 145,4% em 2020. Já na Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), a empresa é a segunda com maior número de reclamações até este momento de 2021, com 10.402 queixas.
A principal reclamação dos clientes ao Procon é cobrança indevida/abusiva (7.617). Durante a pandemia, a leitura presencial foi suspensa, e a empresa optou por cobrar uma média dos últimos 12 meses. O resultado foi aumento considerável na conta, dor de cabeça aos clientes e muitas queixas. Em nota, a Enel afirmou que o serviço de leitura e faturamento da concessionária está normalizado desde agosto do ano passado e que desde então, a quantidade de reclamações vem caindo.
Das quase 670 mil reclamações encerradas na Agência Nacional de Energia Elétrica contra a Enel em 2020, 520.390, cerca de 77,69%, foram consideradas improcedentes. Até 2018, quando a distribuidora de energia era a Eletropaulo (adquirida pela Enel em 2019), a maior parte das queixas sobre cobranças indevidas deu razão ao cliente.