O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar, em Brasília. O encontro deve ocorrer até o fim da tarde desta quinta-feira (7/8).
Tarcísio já está na capital federal, onde participou na manhã desta quinta de uma cerimônia do Exército para entrega de espadas a novos oficiais-generais. No pedido enviado ao STF, o governador se apresentou como “correligionário e amigo” de Bolsonaro e disse haver “razões político-institucionais e humanitárias” para o encontro.
A autorização foi concedida depois de Moraes intimar Bolsonaro a se manifestar se gostaria de receber a visita. O ex-presidente disse que sim — e o ministro liberou não apenas Tarcísio, mas também outros parlamentares aliados.
Deputados do PL também foram liberados
Além do governador paulista, Moraes também autorizou a entrada dos deputados: Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara; Sandro Alex Zucco (PL-RS), líder da oposição; Marcelo Moraes (PL-RS), deputado federal.
Leia também
A liberação acontece em meio a uma tentativa de reaproximação política entre Bolsonaro e seus principais aliados, especialmente após o episódio da última manifestação na Avenida Paulista, no domingo (3/8), em que Tarcísio se ausentou por motivos de saúde.
Na ocasião, o governador passou por uma cirurgia na tireoide e foi criticado pelo pastor Silas Malafaia, que minimizou sua ausência e sugeriu que o procedimento poderia ter sido adiado.
Flávio Bolsonaro já visitou o pai
Na quarta-feira (6), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi ao condomínio onde o pai cumpre prisão domiciliar. Moraes já havia liberado a entrada de familiares sem necessidade de aviso prévio.
Flávio, que foi o responsável por gravar e divulgar o vídeo de Bolsonaro em um ato no Rio de Janeiro — o que motivou a prisão domiciliar —, rebateu críticas à decisão do STF e disse que a autorização de visita “não é nenhum favor”.
Vídeo em manifestação levou à prisão
A medida de restrição foi imposta após Bolsonaro aparecer em vídeo durante ato na praia de Copacabana, no último domingo, descumprindo determinações judiciais. Na gravação, o ex-presidente agradece aos apoiadores: “É pela nossa liberdade. Pelo nosso Brasil. Sempre estaremos juntos.”
Apesar da repercussão, o vídeo foi apagado das redes sociais horas depois. A manifestação no Rio fez parte de uma série de atos em apoio ao ex-presidente, que também ocorreram em São Paulo, Brasília e outras capitais. O evento mobilizou a base bolsonarista em meio a tensões crescentes com o Judiciário.
Visitas devem seguir até decisão final
Outro nome que já esteve com Bolsonaro nesta semana foi o senador Ciro Nogueira (PP), ex-ministro da Casa Civil. A movimentação de aliados ao redor do ex-presidente ocorre em clima de mobilização e estratégia, enquanto o entorno político de Bolsonaro busca alternativas para lidar com as restrições impostas pelo STF.
—
Jornalismo regional de qualidade
Há mais de 17 anos, o GIRO noticia os acontecimentos mais importantes nos seguintes municípios: Araçariguama, Barueri, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba, São Roque e Vargem Grande Paulista. Agora, juntam-se a eles, as cidades de Jundiaí, São Paulo e Taboão da Serra.
Siga o perfil do jornal no Instagram e acompanhe outros conteúdos.






