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Justiça torna réus envolvidos em atentado forjado contra ex-prefeito de Taboão da Serra

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Veículo do ex-prefeito Aprígio foi atingido por cinco tiros em atentado em Taboão da Serra (Montagem Giro S/A/Reprodução/Redes Sociais)

Réus responderão por tentativa de homicídio e associação criminosa em atentado simulado contra Aprígio; investigação ainda apura mandantes

O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou neste mês a denúncia contra os envolvidos no suposto atentado forjado a tiros que teve como alvo o então prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio (Podemos), durante a campanha eleitoral de 2024. O ataque, segundo o Ministério Público, foi uma encenação que resultou em ferimentos graves ao político.

Ao todo, cinco pessoas passaram a responder por quatro tentativas de homicídio qualificado — com agravantes como motivo torpe, uso de arma de fogo de uso restrito, recurso que dificultou a defesa das vítimas e perigo comum, por ter colocado outras vidas em risco. Também pesam sobre os acusados crimes como adulteração de veículo e associação criminosa. Um dos réus responde ainda por lavagem de dinheiro.

Justiça torna réus envolvidos em atentado forjado contra ex-prefeito de Taboão da Serra
Ex-prefeito Aprígio foi baleado em Taboão da Serra (Reprodução)

Carro clonado e fuga

Segundo as investigações do Ministério Público, Jefferson foi o responsável por dar apoio à fuga de Gilmar e Odair após o ataque. Os três estavam em um carro vermelho clonado, que foi incendiado na tentativa de eliminar provas. O veículo foi localizado posteriormente em Osasco, na Grande São Paulo.

Gilmar está atualmente preso. Já Odair e Jefferson estão foragidos e são procurados pelas autoridades. Gilmar firmou acordo de delação premiada, no qual admitiu envolvimento no crime e revelou quem mais participou da farsa. Em troca da colaboração, poderá ter a pena reduzida em caso de condenação.

Intermediários presos e foragidos

Ainda de acordo com a Promotoria, Anderson da Silva Moura, conhecido como “Gordão”, e Clóvis Reis de Oliveira atuaram como intermediários na contratação dos executores do atentado forjado. Anderson também foi denunciado por lavagem de dinheiro. Ele está preso preventivamente, mas nega qualquer participação. Clóvis permanece foragido.

As investigações apontam que Gilmar, Odair, Anderson e Clóvis teriam acertado o recebimento de R$ 500 mil pela encenação do atentado, valor que seria dividido entre eles.

Ex-prefeito e ex-secretários sob investigação

Embora não figurem como réus, o ex-prefeito José Aprígio e três ex-secretários de sua gestão são alvos de apuração pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, suspeitos de envolvimento na organização do atentado. Até o momento, no entanto, nenhum deles foi formalmente acusado ou responsabilizado.

No dia 17 de fevereiro de 2025, o MP e a Polícia Civil deflagraram a “Operação Fato Oculto”, que resultou na apreensão de R$ 300 mil em espécie na casa de Aprígio.

Defesa nega envolvimento de Aprígio

Em nota, a defesa do ex-prefeito negou qualquer participação dele na suposta armação e afirmou que o dinheiro encontrado em sua residência possui origem lícita, fato que teria sido reconhecido pela Justiça, com a consequente liberação do valor.

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