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Interlagos: Polícia usa software israelense em morte de empresário

Ferramenta pode recuperar mensagens apagadas de celulares apreendidos no caso da morte do empresário Adalberto Amarílio em Interlagos
Empresário foi encontrado morto em um buraco de obra no Autódromo de Interlagos (Reprodução)

A Polícia Civil de São Paulo passou a usar uma tecnologia israelense de perícia digital para tentar esclarecer o assassinato do empresário Adalberto Amarílio Junior, encontrado morto dentro de um buraco no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital paulista, em junho deste ano. O caso, que ainda não foi solucionado, é investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

O programa em uso é o UFED, desenvolvido pela empresa Cellebrite, referência mundial em extração e análise de dados digitais. O software permite o acesso a informações armazenadas em aparelhos eletrônicos, como computadores e celulares, inclusive conteúdos apagados pelos usuários. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a ferramenta está sendo aplicada para examinar dispositivos apreendidos durante as investigações.

O corpo do empresário foi localizado no dia 3 de junho, em um buraco com cerca de 2 metros de profundidade, dentro de uma obra na Avenida Jacinto Júlio, por um trabalhador que acreditou, a princípio, tratar-se de um boneco. Adalberto estava com um capacete colocado na cabeça, trajando apenas uma jaqueta e uma cueca, e com as mãos erguidas. Havia terra em seu rosto e nas mãos, mas nenhum sinal aparente de ferimento ou fratura.

De acordo com a diretora do DHPP, delegada Ivalda Aleixo, tudo indica que o empresário foi colocado no buraco já sem vida ou desacordado, uma vez que não havia indícios de que ele tivesse tentado reagir ou escapar.

Os laudos da Polícia Técnico-Científica apontaram que a morte foi causada por asfixia, e que o corpo apresentava lesões nos joelhos, compatíveis com uma possível imobilização. A principal hipótese da polícia é que Adalberto tenha morrido durante uma briga com um segurança que trabalhava em um evento de motociclistas realizado no autódromo.

Em 18 de julho, o DHPP informou pela primeira vez que cinco seguranças são considerados suspeitos de envolvimento no crime. As investigações seguem em andamento, e os peritos esperam que a análise digital feita com o software israelense ajude a esclarecer o que aconteceu e quem foi o responsável pela morte do empresário.

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