Mesmo em tempo de transportes alternativos e mais opções de mobilidade nas cidades, ter um carro ainda é o sonho de muitos brasileiros, pela independência e rapidez nos deslocamentos.
Entretanto, não se trata de um bem financeiramente acessível para a maioria da população. Por isso que cerca de 70% dos veículos novos vendidos no país são financiados, por instituições financeiras, em parcelas a serem pagas em um longo período de tempo – geralmente de 3 a 5 anos.
Luca Cafici, CEO e co-fundador da InstaCarro, startup de compra e vendas de carros, dá cinco dicas para resolver a questão do financiamento em atraso.
1 – Renegocie com a instituição financeira: é possível conseguir juros mais em conta nos meses ou condições de pagamento mais vantajosos para a situação de aperto. Entretanto, lembre-se que a dívida jamais vai diminuir. O que a entidade costuma fazer é alongá-la para que a pessoa tenha um alívio no valor mensal.
2 – Pesquise a portabilidade de crédito: o consumidor pode pesquisar se alguma instituição oferece condições mais favoráveis, como juros menores, e solicitar essa migração sem qualquer custo. Pode ser uma alternativa boa para quem tem conta em diferentes bancos, mas é importante reforçar que não se trata de diminuir o financiamento, apenas de encontrar situações melhores para o seu pagamento.
3 – Venda o veículo para abater a dívida: para a pessoa que se enrolou com o financiamento do veículo uma alternativa interessante é vendê-lo para conseguir abater a dívida. Com o dinheiro, é possível pagar o valor restante ao banco (evitando juros maiores), colocar o orçamento em dia e, a partir daí, planejar melhor a compra de um carro.
4 – Troque por um modelo mais em conta: se ficar a pé é impossível, com a diferença obtida na negociação do outro carro, a pessoa pode pagar a dívida e reorganizar sua vida financeiramente e ainda ter um carro.
5 – Transfira o financiamento para outra pessoa: muitos não sabem, mas é possível transferir o financiamento a outra pessoa desde que não haja nenhuma parcela em atraso – ideal, portanto, para quem já sabe de antemão que terá dificuldades para honrar o pagamento. Basta ir à instituição financeira para que ela avalie o perfil do novo comprador. A transferência também deve ser consolidada na documentação do veículo, junto ao Detran. Pode ser uma alternativa interessante caso o automóvel continue na família, com pais herdando as dívidas dos filhos, por exemplo.