O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou que o Carnaval de rua e os desfiles das escolas de samba de 2021 foram adiados devido à pandemia do coronavírus. O comunicado foi feito em uma coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista.
Segundo Covas ainda não há uma data definida para os desfiles de rua acontecerem. Entretanto, a Liga das Escolas de Samba de São Paulo propôs que a festa seja realizada no final de maio ou no começo de julho, em uma data a ser definida.
“Estamos definindo tanto com os blocos quanto com as escolas e com as outras cidades a nova data que deve se dar a partir de maio do ano que vem. Muito dificilmente ocorrerá em junho porque coincide com os festivais de São João no Nordeste. Estamos definindo ou final de maio ou começo de junho para a realização do Carnaval na idade de São Paulo”, afirmou Covas.
O Carnaval da capital é um dos maiores do País. Em 2020, a cidade bateu recorde de público e de arrecadação. Mais de 15 milhões de foliões e 600 blocos passaram pelas ruas da cidade. No total, a prefeitura de São Paulo gastou R$ 36 milhões e teve um retorno financeiro de R$ 2,3 bilhões para a cidade.
Na Bahia, o prefeito de Salvador também estuda adiar o carnaval para julho.
No Rio de Janeiro, as escolas aguardam uma decisão até setembro sobre a nova data dos desfiles. Porém, as agremiações e a Liga das Escolas de Samba carioca alegam que sem uma vacina contra a Covid-19 é impossível realizar o desfile em segurança.
Covas já havia cancelado a festa de Réveillon da Avenida Paulista, durante uma coletiva de imprensa no último dia 17. O prefeito também declarou que a Virada Cultural, que estava programada para acontecer em setembro, será realizada via internet, como foi a Parada LBGTQI+ deste ano.
No último dia 15, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), havia declarado que eventos de grande porte como o Carnaval e o Réveillon só poderiam ser realizados com a vacina pronta e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) .
“Apenas com a vacina pronta, aplicada e a imunização feita que podemos ter celebrações que fazem parte do calendário do País. Nesse momento, não”, afirmou Doria.
Formula 1
A organizadora da Formula 1 anunciou também nesta sexta-feira que o Grande Prêmio (GP) do Brasil, realizado no Autódromo de Interlargos, foi cancelado devido a pandemia.
Outros três que aconteceriam no continente americano – Estados Unidos, México e Canadá -também foram cancelados.
Previsto inicialmente para acontecer em 15 de novembro, está será a primeira vez em 47 anos que o GP do Brasil não será realizado. Até o inicio do mês, Doria acreditava que era possível o evento acontecer na capital.
“A decisão se deve à natureza fluida da pandemia em andamento da Covid-19, às restrições locais e à importância de manter as comunidades e nossos colegas em segurança”, explicou a Fórmula 1 em nota.
Para cobrir as lacunas dos GPs cancelados, a Formula 1 divulgou um novo calendário com as próximas corridas de Nürburgring, na Alemanha (9 a 11 de outubro), Portimão, em Portugal (23 a 25 de outubro), e Ímola, na Itália (31 de outubro e 1 de novembro).