No fim do ano passado, uma cliente comprou teste de glicêmia na farmácia do Carrefour Osasco e descobriu que a agulha havia sido usada
A farmacêutica acusada de vender teste de glicemia, com a agulha já usada por outro consumidor a uma cliente em farmácia do Carrefour em Osasco faltou ao depoimento na Polícia Civil. As informações são da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, e foram divulgadas nesta quinta-feira (11).
Ao tomar ciência da comercialização irregular do produto, o Carrefour demitiu a funcionária. Ela havia sido informada pela Polícia Civil, por meio de telefone e e-mail, que deveria prestar depoimento no dia 4 de janeiro, o que não aconteceu. As apurações continuam em curso.
Cliente do Carrefour Osascou interrompeu tratamento para engravidar
A profissional de saúde registrou um boletim de ocorrência junto à Polícia no dia 5 de dezembro, onde relatou em detalhes a aquisição do produto no estabelecimento localizado em Osasco.
No documento, ela explicou que o aparelho havia sido exposto no estabelecimento em 4 de dezembro, já com a agulha inserida no medidor de glicemia, e que teve contato sanguíneo com a agulha após ser orientada equivocadamente pela funcionária do Carrefour.
Com o incidente, a mulher teve de interromper o tratamento de fertilização in vitro que fazia para tomar medicações para prevenção de HIV e Hepatite B. Segundo a enfermeira, o seu tratamento de gravidez custou cerca de R$ 20 mil.
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No relato, a mulher explicou que a farmacêutica responsável pelo atendimento informou que o produto estava conforme o padrão da marca ‘ACCU CHEK’. Com essa informação, a enfermeira adquiriu o produto, levou-o para casa e utilizou a agulha para fazer o teste de glicemia.
Instantes depois, a vítima acessou a aba de ‘memória’ do aparelho, percebendo que um teste havia sido realizado no último dia 1º de dezembro.
A cliente retornou ao estabelecimento e filmou a conversa que teve com o gerente do local. Seu nome não foi divulgado. O profissional afirmou:
“Eu vou te explicar, eu sou um cara muito honesto e muito transparente. Há 25 anos trabalho no varejo farmacêutico. A Drogaria Carrefour não faz testes. Acabei de ligar para ela (farmacêutica que vendeu o teste) para entender o que aconteceu. Este aparelho, ela usou porque o cliente ia adquirir o aparelho, estou sendo bem honesto e transparente com vocês. Ele ia adquirir o aparelho e não sabia usar. Ela fez um teste de demonstração para ele, ele achou muito complicado e não quis levar o teste. O que tinha que ter sido feito: esse aparelho tem que ir para descarte”, relatou o gerente à mulher.
*com informações do portal ‘Metrópoles’.
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