Crime ocorreu no último dia 18 de março em Carapicuíba. Suspeito fugiu para o litoral de SP, onde foi preso. Menina foi morta asfixiada
Moradores da cidade de Carapicuíba ficaram perplexos com a notícia do assassinato de Luiza Marques Cardoso, de 9 anos, ocorrido na última segunda-feira, 18 de março.
O pai da criança, Gilberto Alves Cardoso, 44, suspeito de cometer o crime, foi preso em Santos, litoral de São Paulo, na tarde de terça-feira, 19 de março. Após ser transferido de Santos para a delegacia de Carapicuíba, o homem prestou depoimento.
Na véspera do crime, pai e filha foram vistos pelos vizinhos brincando na rua de bicicleta. Gilberto alega sofrer de depressão e que não cometeu o crime.
Crime abalou a cidade de Carapicuíba
Segundo o boletim de ocorrência, Luiza foi assassinada por asfixia e encontrada morta por um tio, irmão do suspeito, chamado Gilson. Vizinho de Gilberto, em uma área rural de Carapicuíba, Gilson entrou na casa do irmão para procurar pela sobrinha, uma vez que a perua escolar estava no local para levá-la até a escola. O tio da criança a encontrou na cama de seu quarto, sem vida, com cartas escritas à mão pelo irmão. O conteúdo possuía teor de despedida e/ou tentativa de suicídio.
Imediatamente, o tio da menina chamou a Polícia Militar (PM), que por sua vez, comunicou o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Criança não tinha marcas de violência
A morte foi confirmada pelas equipes no local. De acordo com o BO, Luiza não tinha marcas de violência e, segundo o médico legista, sua morte pode ter sido causada por asfixia mecânica. O laudo da perícia deve ser divulgado nas próximas semanas.
Ainda na residência, as autoridades encontraram um recipiente de medicamento e uma seringa usada para injetar inseticida para exterminar formigas. Gilberto, pai de Luiza, estava desaparecido e não foi localizado. Gilson, irmão de Gilberto, relatou às autoridades que partiu para o trabalho às 6h e notou a ausência da moto do suspeito na garagem.
Ele mencionou que manteve uma conversa com Gilberto até as 9h via WhatsApp, durante a qual Gilberto proferiu palavras que poderiam indicar intenções suicidas. No entanto, em nenhum momento ele deu a entender que pudesse ter agido de forma prejudicial à filha.
Suspeito de cometer o crime tomava medicação controlada
A mãe da vítima e ex-companheira de Gilberto informou aos oficiais que ele tomava medicação controlada (antidepressivos). Ela também revelou que esteve casada com Gilberto por nove anos e que o casamento terminou há cerca de oito meses.
Desde o fim do relacionamento, a custódia de Luiza foi dividida entre o ex-casal. Ainda aos policiais, a mãe da criança revelou que estava em outra relação amorosa e que deixou Gilberto ciente de seu novo relacionamento por meio de mensagens trocadas no WhatsApp na noite anterior ao crime. Em um primeiro momento, o ex-marido não teve nenhum tipo de reação, no entanto, logo mudou o tom da conversa, mas sem qualquer tipo de ofensa.
Na manhã seguinte, Gilberto escreveu para sua ex-mulher: “Prometi para pituca que vamos nos encontrar lá no céu”.
Caso segue em investigação
O crime que chocou os moradores da cidade foi registrado como homicídio no 2º DP de Carapicuíba. O irmão de Gilberto e outros familiares devem prestar depoimento nos próximos dias.
Gilberto deve permanecer em prisão temporária, e caso seja convertida para prisão preventiva, ele será transferido para o sistema prisional. O caso segue sob investigação policial.
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