Alphaville, bairro que combina áreas residenciais e comerciais, enfrenta desafios relacionados ao crescimento populacional e à infraestrutura viária. Segundo o arquiteto e urbanista José Lucena, o planejamento é essencial para manter a qualidade de vida dos moradores e a atratividade do bairro para empresas.
“Demorar para planejar significa criar problemas futuros. É necessário manter o crescimento organizado, equilibrado, para que a infraestrutura suporte o tráfego e o cotidiano das pessoas”, afirma Lucena. Ele destaca que, sem planejamento, medidas isoladas, como a abertura de novas pistas ou a instalação de semáforos, não resolvem o congestionamento e podem gerar complicações adicionais.
Entre os principais desafios, o urbanista cita o trânsito, a falta de integração entre vias e equipamentos públicos. Ele reforça que a boa vontade política, aliada à competência técnica, é fundamental para implementar soluções eficientes. “O trânsito tem solução desde que prefeitos e engenheiros se unam para executar projetos planejados. Não é caro, não é impossível, basta vontade política e pessoas certas no comando”, defende.
O arquiteto defende a criação de novos acessos viários e investimentos em transporte coletivo moderno. “O futuro de Alphaville passa por soluções de grande porte, como um metrô elevado ligando Carapicuíba, Barueri e a Castello Branco. Isso reduziria a dependência do carro e traria fluidez ao trânsito”, explicou.
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Lucena também acredita na importância de criar espaços públicos de lazer e parques que preservem a Mata Atlântica e os rios do bairro. “É possível fazer parques com trilhas e áreas de convivência sem prejudicar o meio ambiente. Planejamento significa pensar a cidade como um todo, integrando moradia, comércio e lazer”, explica.
O urbanista projeta um futuro positivo para Alphaville, desde que as próximas decisões levem em conta o planejamento estratégico e apesar das críticas, o arquiteto acredita que há soluções. “É possível corrigir parte dos erros. Mas é preciso vontade política e visão técnica. Enquanto as decisões forem tomadas por conveniência eleitoral e não por critérios de urbanismo, Alphaville vai continuar sofrendo.”
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