Este poderia ser um filme divertido sobre exploração espacial ou filosófico e reflexivo sobre a busca por Deus e o lugar da humanidade no universo. Mas é mais do mesmo com ar pretensioso e tom monótono.
Brad Pitt está no elenco para chamar a atenção no papel de Roy, astronauta com missão de viajar a Netuno para encontrar seu pai perdido (Tommy Lee Jones), que pode ou não ter criado uma estrutura capaz de ameaçar a humanidade.
Roy atravessa um espaço hostil, em guerra por recursos, enquanto contempla o que pode ter acontecido com seu pai e com ele mesmo. É uma versão de ficcção científica de O Coração das Trevas, escrito por Joseph Conrad em 1902, ou ApocalypseNow de Francis Ford Coppola.
Talvez o grande mérito de Ad Astra seja o mundo criado para contar essa história. Podemos ver um futuro próximo com bases lunares semelhantes a aeroportos, piratas atacando comboios na lua e terapia feita por computadores. É tudo bem construído e realista. As cenas espaciais são de tirar o fôlego, com fotografia lindíssima e efeitos especiais de muita qualidade.
O problema é que a narrativa se perde pouco depois de uma incrível sequência dentro de uma espaçonave abandonada, com direito a ataque de uma criatura bizarra e muito sangue. Só que logo depois, as coisas ficam lentas e contemplativas, sem fornecer conteúdo suficiente para reflexão.
Ad Astra é um thriller inteligente para adultos, mas falha por pesar tanto cada questão desnecessária e deixar de explorar outros pontos fascinantes. É uma obra de um tom só, extremamente cansativa.
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