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Sistema Cantareira entra em faixa de restrição a partir de outubro

Baixo nível dos reservatórios e as chuvas abaixo da média levaram ANA e SP Águas a limitar retirada de água do Sistema Cantareira
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Sistema Cantareira, abastece diversas cidades da Região Oeste como Osasco, Barueri e Carapicuíba (Divulgação/Sabesp)

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e a Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP Águas) anunciaram nesta quarta-feira (24) que o Sistema Cantareira, principal manancial de abastecimento da Grande São Paulo, passará a operar em faixa de restrição a partir de 1º de outubro de 2025. A última vez que isso ocorreu foi em janeiro de 2022.

O volume útil do reservatório estava em 29,42% nesta quarta, índice abaixo dos 30% que caracterizam a faixa de alerta e dentro do intervalo de restrição, definido entre 20% e 30%. Para que o sistema seja considerado em condições normais, o nível precisa atingir ao menos 60% da capacidade. A queda é atribuída à falta de chuvas nos últimos meses.

Com a mudança, a Sabesp poderá retirar até 23 metros cúbicos por segundo (m³/s) do Cantareira, contra os 27 m³/s autorizados até setembro. Como compensação, a companhia poderá utilizar a transposição do reservatório Jaguari (bacia do Paraíba do Sul) para o de Atibainha, respeitando o limite de 33 m³/s. As agências também determinaram que a Sabesp adote medidas adicionais de economia e gestão, conforme comunicado à Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo).

O Sistema Cantareira é gerido de forma conjunta pela ANA e pela SP Águas, que monitoram diariamente níveis, vazões e volume armazenado.

Redução de pressão

Desde segunda-feira (22), a Sabesp ampliou o período de redução de pressão da água na Grande São Paulo, que passou de oito para dez horas diárias. A medida agora vale das 19h às 5h, com objetivo de economizar recursos e preservar os reservatórios.

A prática já vinha sendo adotada desde 27 de agosto, inicialmente entre 21h e 5h. Segundo a Arsesp, a decisão se deve à ausência de chuvas e ao baixo nível dos mananciais. Imóveis localizados em áreas mais altas e afastadas do Centro da capital podem ficar sem água durante a noite.

Durante o dia, a pressão também passou a ser administrada em patamares que garantam o abastecimento. Em agosto, a Sabesp classificou a ação como preventiva e temporária, seguindo deliberação da Arsesp para reduzir perdas e evitar vazamentos.

A companhia, recentemente desestatizada pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), orienta que imóveis com caixa-d’água sintam menos os efeitos da redução de pressão e reforça a importância do uso consciente da água pela população.

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