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Segue indefinida proposta para trazer unidade do Ceagesp da capital para Carapicuíba

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De acordo com a Ceagesp, a sugestão faz parte de estudos apresentados em março 2018 por três consórcios e uma empresa (Divulgação/Ceagesp)

O projeto de transferência da unidade da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) da Vila Leopoldina, zona oeste da capital paulista, para a cidade de Carapicuíba segue indefinida. A informação foi confirmada pela reportagem do Giro S/A com da a assessoria do órgão federal.

De acordo com a Ceagesp, a sugestão faz parte de estudos apresentados em março 2018 por três consórcios e uma empresa, em resposta ao chamamento público aberto pelo estado de São Paulo em outubro de 2017. O programa visa subsidiar a elaboração do edital de concessão para implantação, operação e manutenção do Novo Centro de Abastecimento Alimentar em São Paulo – o Novo Ceasa –, como poderá ser chamado.

Segundo o Governo Federal, o chamamento público havia como pré-requisito que todas as localizações sugeridas fossem conectadas ao Rodoanel Mario Covas por acessos já existentes ou previstos, para assim facilitar a chegada e a distribuição de produtos. O limite de investimentos nas obras deveria ser de até R$ 2,5 milhões.

O empreendimento em Carapicuíba seria instalado em um terreno na chamada “Lagoa de Carapicuíba”, na divisa do município com as cidades de Barueri e Osasco. O projeto é assinado pela empresa Fral Consultoria. O local também conta com acesso pelo Rodoanel Oeste, com 1,9 milhão de m² no total e área construída sugerida de 864 mil m². Investimento necessário previsto para as construções, seria de R$ 2,3 bilhões.

Ao Giro S/A, a Fral Consultoria informou não possui novas informações quanto ao decreto da transferência de endereço da Ceagesp, tramitado pelo governo federal e estadual.

A “Lagoa” é uma cava de mineração que já chegou a medir 62.200 m², com 10,4 m de profundidade média (Divulgação/Alesp)

Histórico
De acordo com reportagem publicada pelo jornal “Folha de São Paulo”, o espaço da “Lagoa” é uma cava de mineração que já chegou a medir 62.200 m², com 10,4 m de profundidade média e 22 m de profundidade máxima. A região começou a ser minerada a partir da década de 1970, na qual mineradoras extraíram areia para a construção civil.

Já no início da década de 1970, obras realizadas pelo Departamento de Águas de Energia Elétrica (Daee) causaram o rompimento das margens do rio Tietê e inundou a cava com água poluída. Ainda de acordo com a “Folha”, a Prefeitura de Carapicuíba utilizou a região para depositar lixo doméstico. A área se tornou o maior depósito de dejetos a céu aberto da Região Metropolitana de SP.

Atualmente, o Daee realiza o processo de recuperação ambiental e inserção urbana no local. São previstos o preenchimento da cava, a recuperação da área do lixão e o afastamento de esgotos sanitários no entorno da lagoa.

Outro projeto
Além do projeto para Carapicuíba e outros dois na capital, o Governo Estadual também recebeu uma proposta para instalar ao entreposto em Santana de Parnaíba. O espaço seria instalado em um terreno de quatro milhões de m² e iria operar com área construída de um milhão de m². O acesso é pelo Rodoanel Oeste e rodovias Castello Branco e Anhanguera. Investimento necessário previsto seria de R$ 2,2 bilhões.

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