No comércio, localizado na Vila Yolanda, agentes encontraram matéria-prima para a fabricação de pães e doces com a validade expirada no comércio. Vigilância Sanitária foi acionada
Em mais uma ação para fiscalizar estabelecimentos alimentícios de Osasco, equipes da Polícia Civil fechou outra padaria irregular na cidade. O caso ocorreu quarta-feira (11), na rua Justino Alves Batista, altura do número 255, bairro Vila Yolanda, zona sul. O dono do estabelecimento foi autuado e não teve a identidade revelada pelas autoridades policiais.
Agentes da Delegacia de Polícia de Investigações contra o Meio Ambiente receberam denúncia anônima sobre a venda de produtos com a validade vencida. Em posse da ordem de serviço, os policiais saíram em diligências para a realizar a vistoria.
Leia Mais: Agentes da GCM de Cotia e Osasco prendem foragidos da Justiça
Averiguação da Polícia Civil
Assim que teve ciência da acusação, o proprietário autorizou a entrada dos oficias no estabelecimento e acompanhou toda a vistoria. Na entrada, as equipes verificaram que se tratava de um salão com balcão para atendimento de clientes e não encontraram nenhuma irregularidade nos produtos à venda.
Contudo, ao entrarem no espaço reservado para a produção de pães e outros alimentos, os policiais descobriram, em uma prateleira nos fundos do cômodo, alguns produtos utilizados para a fabricação de doces e confeitos, que estavam com as datas de validade vencidas.
Questionado sobre a procedência dos produtos, o dono do local declarou que aqueles artigos foram deixados pelo proprietário anterior e que seriam descartados, visto que, a padaria não produz bolos e doces, fato constatado pelos agentes na vistoria.
Diante dos fatos, os policiais determinaram que os produtos fossem apreendidos para o devido descarte. Os agentes da Vigilância Sanitária da cidade foram acionados para constatar eventuais infrações, bem como o apoio da equipe do Instituto de Criminalística de Barueri para vistoriar o local.
Segundo Gilson Pereira da Silva, fiscal da Vigilância Sanitária osasquense, o local se encontra dentro das normas daquele departamento. No entanto, o estabelecimento não possui a documentação para o funcionamento, que pode ser solicitado na “Casa do Empreendedor de Osasco”. Em decorrência da falta da documentação, a padaria receberá um auto de infração.
O caso foi apresentado no 5º Distrito Policial da cidade, como crime contra a saúde pública, previsto no artigo 272, inciso 1º-A do Código Penal na modalidade “corromper face a precária condição sanitária e asseamento do local”.
Foram apreendidos na ação um pacote fechado com quatro quilos de trigo para fabricação de kibe, com validade 06/02/2023 e outro pacote aberto contendo 2,250g de trigo para kibe, cuja validade é de 10/11/2022. Cerca de 11 garrafas fechadas de 960ml de corante com validade 04/03/2023, cinco quilos de pó para preparo de pão de ló validade 08/03/2023, e outro pacote aberto com 1,750g de pó para preparo de pão de ló, validade 11/12/2022 e um quilo de mistura para bolo.
Preocupação com a saúde da população
“A nossa prioridade é com a saúde dos nossos munícipes. Volto a dizer, comerciante de Osasco que trabalha certo, não tem que preocupar com a gente. Agora, se você está trabalhando errado, mude seu modo de trabalhar porque nós vamos chegar até você. Estamos recebendo denúncias, investigando e fechando os lugares”, explicou o delegado Paulo Sérgio Barroso Maluf, à reportagem do GIRO.
A Delegacia de Polícia de Investigações contra o Meio Ambiente explicou que a ação faz parte de operação desenvolvida de maneira conjunta com Vigilância Sanitária Municipal, e que já interditou uma padaria, apreendeu purê de cachorros-quentes impróprio para consumo, confiscou medicamentos vencidos e fechou um açougue irregular.
