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Pesquisa revela leve melhora da água do rio Tietê, em Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus

Espuma com mais de três metros de altura cobre leito do Rio Tietê, em Pirapora do Bom Jesus (Divulgação/Secom)

Estudo divulgado no Dia Mundial da Água, 22 de março, revelou dados alarmantes sobre esse líquido tão importante. Nesta nova edição da pesquisa “O Retrato da Qualidade da Água nas Bacias Hidrográficas da Mata Atlântica”, realizada pelo programa Observando os Rios (que conta com o apoio da indústria Ypê), foi apontado que mais de 20% dos pontos de rios analisados apresentam qualidade de água ruim ou péssima, imprópria para o uso na agricultura, na indústria ou abastecimento humano. 
Somente 7% dos rios da Mata Atlântica apresentam água de boa qualidade, que não chega a ótima. Esses indicadores foram obtidos entre janeiro e dezembro do ano passado (2021) por 106 grupos voluntários de monitoramento da qualidade da água do programa Observando os Rios.

Análise
De acordo com esse estudo, foram feitas 615 análises em 146 pontos de coleta de 90 rios e corpos d’água de 65 municípios em 16 estados do bioma Mata Atlântica, que são: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

A qualidade da água se manteve estável em 88 destes pontos, piorou em 45 e melhorou em 13. Na região metropolitana oeste de São Paulo, a água do rio Tietê apresentou leve melhora em trechos das cidades de Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus.

Segundo o coordenador do programa Observando os Rios, Gustavo Veronesi, o retrato da qualidade da água nas bacias da Mata Atlântica é um alerta para a péssima condição ambiental da maioria dos rios. Ele afirma que é preciso ação dos gestores públicos e também da população.