Um dos principais indicadores sobre a condições da saúde e vida de uma população, é a mortalidade infantil. Por meio do índice, é possível estimar o risco de um nascido vivo morrer antes de chegar a um ano de vida. De acordo com o Ministério da Saúde, valores elevados na pesquisa refletem precárias condições bem-estar, e baixo nível de desenvolvimento social e econômico.
Na última semana, a Fundação Seade divulgou as taxas de mortalidade infantil do ano de 2020 dos municípios paulistas. No ano passado, os índices no estado de SP foram de 9,75 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos. Entre os destaques do levantamento, as cidades da região oeste, Osasco, Barueri, Carapicuíba, Pirapora do Bom Jesus e Cotia registraram queda nas mortes de mortes de bebês.
“Nos últimos 20 anos essa taxa reduziu-se em 42%. O risco diminuiu em todos os componentes da mortalidade infantil, sendo que o neonatal precoce (zero a seis dias) representa a maior proporção dos óbitos infantis (51% do total). Pela primeira vez a mortalidade infantil paulista alcançou patamar de um dígito”, informou a Fundação Seade por meio de boletim.
As estatísticas são produzidas a partir dos registros de óbitos enviados para a organização mensalmente, pelos cartórios de registro civil de todos as cidades paulistas. São avaliados três períodos do primeiro ano de vida do bebê: o neonatal precoce, ocorrido entre zero e seis dias de vida; o neonatal tardio, entre sete e 27 dias; e pós-neonatal, entre 28 e 364 dias.
Confira abaixo os principais dados e ações feitas pelos municípios que fazem parte do Consórcio Intermunicipal da Região Oeste da Grande São Paulo.
Araçariguama
De acordo com a Fundação Seade, em 2020, Araçariguama registrou 343 nascimentos. A cidade registrou cinco óbitos de bebês, sendo quatro neonatal precoce e um pós-neonatal. As principais ações para diminuir os índices não foram divulgadas pela administração municipal.
Barueri
De acordo com a pesquisa, no ano passado, Barueri registou um total de 5.487 nascidos vivos e 39 óbitos infantis, chegando ao resultado de 7,11 óbitos de menores de um ano de idade a cada mil nascidos vivos. Dos 39 óbitos, 22 ocorreram em fase designada como neonatal precoce (ocorrido entre zero e seis dias de vida); cinco como neonatal tardio (que ocorre entre sete e 27 dias); e 12 como pós-neonatal (entre 28 e 364 dias).
Isso representa uma queda de 54,27% em comparação ao ano 2000, quando a cidade registrou um índice de mortalidade infantil de 15,55 – a maior de sua história.
Ao longo dos anos, Barueri conseguiu reduzir esse número, com algumas variações. Fora o dado recente de 2020, a cidade registrou as menores taxas de mortalidade infantil em 2009, quando chegou a 7,90, e em 2013, com 7,44.
Entre as principais ações feitas pelas gestão municipal estão: as melhorias nos serviços de atenção primária à saúde, com maior acesso ao pré-natal; ações de incentivo ao aleitamento materno e planejamento familiar; aumento da cobertura vacinal; acompanhamento da criança ao longo de seu crescimento e desenvolvimento, tanto em termos de saúde quanto de educação; melhor distribuição de renda; maior nível de escolaridade da mãe; e condições mais dignas de habitação e alimentação são alguns dos principais fatores apontados como decisivos para a redução da mortalidade infantil em um território.
Cajamar
De acordo com a Fundação Seade, Cajamar registrou cerca de 1.436 nascimentos. No total, a cidade teve 13 óbitos de bebês menores de um ano, sendo nove em fase neonatal precoce, dois em período de neonatal tardia e outros dois no pós-neonatal.
Carapicuíba
Segundo a pesquisa feita pelo órgão estadual, o município de Carapicuíba registrou em 2020, cerca de 5.692 nascimentos. Deste número, foram registrados 51 óbitos de crianças menores de um ano, sendo 29 no período neonatal precoce, 13 neonatal tardia e nove pós-neonatal. A cidade aparece entre as localidades com melhores índices.
Cotia
De acordo com os dados divulgados pelo Seade, Cotia teve a menor taxa da série histórica dos últimos dez anos e ficou em 6.1 óbitos por mil nascidos vivos. O resultado coloca a cidade com indicador melhor do que a medição mais baixa registrada em Americana (6.5) e São Carlos (7.0), cidades com IDH e número de habitantes semelhantes a Cotia.
O índice mais baixo registrado no município havia sido a do ano de 2017, quando a cidade teve 7.6 óbitos por mil nascidos vivos. Entre as principais ações feitas pela gestão pública para o resultado, esta as ações do Programa Cotia que cuida, por meio da ação social Mãe Cotiana, que garante assiduidade das gestantes nas consultas de pré-natal e acompanhamento regular da criança com pediatra até completar um ano de idade.
Além disso, gestantes têm acesso ao atendimento de pré-natal em todas as 26 Unidades Básicas de Saúde (UBS’s). Além disso, em caso de gravidez de risco, as futuras mamães são acompanhadas na Clínica da Mulher.
Jandira
Segundo o Seade, Jandira registrou 1.531 nascidos vivos no município. A cidade registrou 19 óbitos de bebês com menos de um ano, sendo 14 crianças em período neonatal precoce, três neonatal tardia e dois pós-neonatal precoce.
Itapevi
De acordo com os dados divulgados pelo Seade, em 2020, a taxa de mortalidade infantil de Itapevi foi de 9,9, com 34 óbitos infantis e 3.698 nascidos vivos.
Ao Giro S/A, a prefeitura de Itapevi informou que diminuir estes índices, a cidade conta com:
– Ambulatório de Gravidez de Alto Risco – que acompanha gestantes com patologias e alto risco para gestantes e/ou feto;
– Programa Novo Cidadão – com visita às puérperas e recém-nascidos na maternidade de Itapevi, com agendamento de consulta de puerpério e puericultura;
– Ambulatório de Prematuridade – com acompanhamento de bebês prematuros após alta hospitalar na UBS Dr, Nicanor;
– Ambulatório de Baixo Peso – com acompanhamento de recém-nascidos e lactentes de baixo peso ou em risco nutricional, nas UBS Cardoso, Cohab, Flávio Piovesan e USFs São Carlos, Suburbano e Vila Gióia;
– Ambulatório de Puericultura nas unidades de saúde e unidades de saúde da família;
– Visitas domiciliares dos agentes comunitários de saúde às crianças de risco.
Osasco
Segundo o apontamento feito pela Fundação Seade que mostra que a mortalidade infantil vem caindo em. No ano passado foram 94 óbitos para cada mil nascidos vivos. O número é o menor das últimas duas décadas. A instituição começou a divulgar os índices em 2000.
Do total de 94 óbitos em 2020, 36 foram durante o chamado neonatal precoce (entre zero e seis dias de vida), 25 no neonatal tardio (entre 7 e 27 dias) e 33 no pós-neonatal (entre 28 e 364 dias).
Em comparação aos anos anteriores, em 2019 foram 117 óbitos; em 2018, 112; em 2017, 122; em 2016, 136; e, em 2015, 114. No início da divulgação dos números pelo Seade, em 2000, a cidade registrou 263 óbitos em mortalidade infantil para cada mil nascidos vivos.
Entre as principais ações para a diminuição desses índices, a gestão municipal da cidade vem aprimoramento nos serviços de acompanhamento e assistências às gestantes no pré-natal e na compra de novos equipamentos para o Hospital e Maternidade Amador Aguiar, na zona Norte, a Prefeitura também fará uma ampla reforma e modernização da unidade.
Pirapora do Bom Jesus
Ao Giro S/A a prefeitura de Pirapora do Bom Jesus informou que a taxa de mortalidade infantil na cidade, foi de 1,3% em 2020, com um óbito registrado neste período, com 77 nascidos vivos.
Santana de Parnaíba
De acordo a Fundação Seade, Santana de Parnaíba registrou 2.186 nascimentos no município. O número de óbitos de crianças com menos de um ano foram dez, sendo cinco no período de neonatal precoce, um na fase neonatal tardia e quatro no período de neonatal.
Vargem Grande Paulista
O levantamento feito pelo Seade apontou que a cidade de Vargem Grande Paulista, registrou 701 nascimentos. O município contabilizou seis óbitos, sendo cinco no período de neonatal precoce e um no período de neonatal.