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Morre Francisco Cuoco, ícone da TV brasileira, aos 91 anos, em São Paulo

O ator Francisco Cuoco, de 91 anos, faleceu por falência múltipla dos órgãos, nesta quinta (19), em São Paulo (Divulgação Globo/ Daniela Toviansk)

Francisco Cuoco faleceu em decorrência de falência múltipla dos órgãos; trajetória inclui mais de 60 anos dedicados ao teatro, cinema e novelas que marcaram gerações

O ator Francisco Cuoco, um dos grandes nomes da dramaturgia nacional, faleceu na tarde desta quinta-feira (19), aos 91 anos, em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul da capital, e faleceu em decorrência de falência múltipla dos órgãos.
Segundo a família, a morte foi tranquila e serena. O velório acontece nesta sexta-feira (20), das 7h às 15h, no Funeral Home, em São Paulo, com cerimônia aberta ao público. O sepultamento está marcado para as 16h, restrito aos familiares e amigos próximos.

Recentemente, Cuoco havia revelado, em entrevista, que enfrentava problemas de saúde, como ansiedade e limitações físicas. Chegou a pesar cerca de 130 quilos e precisava do auxílio de cuidadores para tarefas do dia a dia, como tomar banho e se locomover.

Natural do bairro do Brás, na capital paulista, Cuoco nasceu em 1933 e construiu uma carreira de mais de seis décadas, marcada por atuações memoráveis no teatro, no cinema e, principalmente, na televisão. Ele deixa três filhos: Tatiana, Rodrigo e Diogo.

Trajetória 

Francisco Cuoco começou sua trajetória artística no teatro, após abandonar o curso de Direito para se dedicar à Escola de Arte Dramática. Nos anos 1950, integrou grupos importantes, como o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e o Teatro dos Sete, ao lado de lendas como Fernanda Montenegro e Sérgio Britto.

A estreia na TV ocorreu ainda na fase dos teleteatros, na TV Tupi, quando os programas eram exibidos ao vivo. Rapidamente, migrou para as novelas, conquistando destaque em produções da TV Record e da TV Excelsior, como Redenção (1966) e Legião dos Esquecidos (1968).

Sua chegada à TV Globo, em 1970, consolidou a imagem de galã brasileiro. Entre seus papéis mais emblemáticos estão as novelas Selva de Pedra (1972), O Semideus (1973), Pecado Capital (1975), O Astro (1977) e O Outro (1987). Cuoco também formou, ao lado de Regina Duarte, um dos casais mais marcantes da teledramaturgia nacional.

Dono de uma versatilidade rara, transitou entre personagens dramáticos e cômicos, sempre com interpretações intensas e elogiadas pela crítica. Nos últimos anos, passou a atuar em papéis coadjuvantes e participações especiais em novelas como Passione (2010), Sol Nascente (2016), Segundo Sol (2018) e Salve-se Quem Puder (2020). Seu trabalho mais recente na TV foi no especial Juntos a Magia Acontece, exibido em 2020.

Em 2025, recebeu uma homenagem especial na série documental Tributo, do Globoplay, que celebrou sua carreira e sua contribuição fundamental para a história da televisão brasileira.

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