Tipo de caderno usado por Tarsila do Amaral, Pablo Picasso e Vincent van Gogh ganha versão digital
Em meio à avalanche de blocos de notas nos celulares modernos e uso de apps de mensagem para guardar informação ainda há quem se encante com um caderninho preto de folhas lisas sem linhas, a exemplo do clássico caderno de anotação da Moleskine, que se moderniza e entra para o mundo dos smartphones com sistemas Android e iOs com o Moleskine Smart Writing.
Moleskine Smart Writing

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A história desses cadernos pretos remonta aos que eram usados nos séculos XIX e XX (década de 1900). Eles eram feitos à mão por um encadernador na cidade de Tour, na França, e vendidos em Paris em papelarias visitadas pela vanguarda literária e artística internacional. Nomes como Tarsila do Amaral, Van Gogh e Ernest Hemingway usavam esses cadernos. O modelo ainda era usado por figuras como Oscar Wilde e Pablo Picasso. E quem não ama ter um desses na mochila? Acredite, ainda existem pessoas que não largam este velho e bom costume.
O nome Moleskine como conhecemos hoje em dia foi criado pelo romancista inglês Bruce Chatwin (1940-1989), em meados dos anos 1980. Segundo a própria empresa, não se encontrava mais os cadernos em qualquer lugar e Chatwin, ao escrever sua obra The Songlines, conta toda a história de seu caderninho favorito, o qual ele apelidou de “moleskine”.

Em 86, ao visitar a família do fabricante original e comprar todo o estoque disponível antes de partir para a Austrália, Chatwin ouviu a frase mais marcante: “Le vrai moleskine n’est plus” (O moleskine real já não existe mais).
Daí em diante a história que conhecemos é a que registramos nas folhas dos nossos moleskines capa preta (e outras cores) e também na versão digital para quem já está na era do Moleskine Smart Writing como mostra este vídeo abaixo no Instagram da empresa. Aliás, eu quero um desses.
A responsável pelos cadernos atuais (desde 1997)
Embora os caderninhos pareçam ter saídos de uma papelaria do início do século passado, foi em 1996 que a marca foi registrada. Tudo começou em uma noite em 1995, quando a romancista italiana Maria Sebregondi, cofundadora da Moleskine, lia o livro The Songlines, de Bruce Chatwin, onde o escritor cita seus caderninhos feitos à mão. A partir daí a também escritora mergulha em uma pesquisa que a faz encontrar cadernos de Pablo Picasso e Ernest Hemingway tais como Chatwin descrevia em sua obra.
Maria Sebregondi também é autora de vários ensaios e artigos socioantropológicos sobre a mudança contemporânea. O seu trabalho de escrita estende-se também a diversas outras áreas como escrita criativa, poesia, não-ficção e tradução literária. Ela também é presidente da Fundação Moleskine.
No site brasileiro da empresa há o registro de que foi graças à pequena editora Modo & Modo (Milão, Itália), que os cadernos voltaram ao mercado, resgatando toda a história e tradição que a família francesa iniciou tantas décadas antes.
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