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Exame pode detectar câncer até 10 anos antes

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Em torno de 6,5 mil mulheres morrem por ano de câncer de colo do útero, ou seja, uma morte a cada 90 minutos

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de colo do útero é o 3º mais comum entre as mulheres no Brasil. O Papanicolau é o exame usado para o rastreamento desse tipo de tumor e deve ser realizado anualmente.

Porém, para muitas mulheres, o procedimento é invasivo. “Muitas se sentem expostas e desconfortáveis na hora do exame”, explica Jenni Garzon, que desenvolveu um programa para a erradicação do câncer do colo do útero — a doença que mais mata mulheres na América Latina. O programa inclui o kit PinkPapa, que permite a autocoleta no conforto e na privacidade de casa, além do exame DNA-HPV, que identifica se a mulher tem um dos 28 tipos do vírus associados ao desenvolvimento do tumor. “O teste possibilita detectar o câncer até dez anos antes de sua manifestação”, diz Jenni.

O Ministério da Saúde substituirá, no SUS, o Papanicolau pelo DNA-HPV.

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Exame: código genético

Segundo Jenni, o exame DNA-HPV filtra das mulheres quais estão com o código genético do vírus que causa o câncer do colo do útero. Bom, sendo assim, por que que esses exames se repete a cada cinco anos? A diferença do Papai Nicolau. O Papai Nicolau, como ele detecta lesão, ele precisa ser feito todo ano, como eu te expliquei.

Segundo Jenni, o exame DNA-HPV identifica, entre as mulheres testadas, quais carregam o código genético do vírus responsável pelo câncer do colo do útero. “E por que esse exame é repetido a cada cinco anos? A diferença está em relação ao Papanicolau. Por detectar lesões já existentes, ele precisa ser realizado anualmente”, explica.

Já o DNA-HPV, por identificar diretamente o material genético do vírus, não necessita de repetição todo ano. “O HPV leva, em média, de 10 a 20 anos para se transformar em um câncer. Por isso, quando se recomenda a repetição do exame a cada cinco anos, estamos trabalhando dentro de uma margem de segurança muito alta”, afirma Jenni.

A mãe da profissional morreu em decorrência do câncer do colo do útero, e, por isso, sua missão e seu propósito estão totalmente ligados a essa causa. “Eu não trabalho apenas com a detecção — que já é extremamente importante —, mas com a erradicação do câncer do colo do útero. Nosso foco é salvar a vida dessas mulheres e construir uma nova história no Brasil, rumo à eliminação da doença”, finaliza.

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Jenni Garzon desenvolveu um programa para a erradicação do câncer do colo do útero (Foto: Arquivo pessoal)

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